The China Mail - Incêndio criminoso destrói projeto de reflorestamento na Amazônia

USD -
AED 3.673009
AFN 69.50195
ALL 83.649622
AMD 383.809799
ANG 1.789699
AOA 916.999704
ARS 1316.77823
AUD 1.530805
AWG 1.8
AZN 1.705966
BAM 1.6848
BBD 2.019382
BDT 121.643623
BGN 1.675245
BHD 0.377027
BIF 2950
BMD 1
BND 1.286899
BOB 6.911762
BRL 5.392039
BSD 1.000129
BTN 87.680214
BWP 13.465142
BYN 3.30176
BYR 19600
BZD 2.009089
CAD 1.37673
CDF 2889.999703
CHF 0.807241
CLF 0.024372
CLP 955.649648
CNY 7.179203
CNH 7.184255
COP 4019.65
CRC 505.955073
CUC 1
CUP 26.5
CVE 94.849691
CZK 20.947975
DJF 177.719953
DKK 6.391095
DOP 61.42501
DZD 129.867194
EGP 48.4511
ERN 15
ETB 139.549762
EUR 0.85641
FJD 2.251297
FKP 0.745486
GBP 0.740255
GEL 2.695011
GGP 0.745486
GHS 10.524978
GIP 0.745486
GMD 72.50092
GNF 8674.999953
GTQ 7.673687
GYD 209.256747
HKD 7.850085
HNL 26.350123
HRK 6.453098
HTG 131.12791
HUF 338.636051
IDR 16249.5
ILS 3.41913
IMP 0.745486
INR 87.59555
IQD 1310
IRR 42124.999697
ISK 122.640234
JEP 0.745486
JMD 159.986217
JOD 0.709026
JPY 147.730491
KES 129.499323
KGS 87.350127
KHR 4006.999968
KMF 421.498872
KPW 900.034015
KRW 1383.839879
KWD 0.30515
KYD 0.833495
KZT 540.97478
LAK 21600.000179
LBP 89550.000141
LKR 301.141405
LRD 201.50636
LSL 17.669649
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.424987
MAD 9.059496
MDL 16.79826
MGA 4435.000164
MKD 53.012878
MMK 2098.920925
MNT 3594.03125
MOP 8.087355
MRU 39.940255
MUR 45.50212
MVR 15.397068
MWK 1736.50232
MXN 18.57335
MYR 4.230253
MZN 63.960304
NAD 17.670237
NGN 1537.398196
NIO 36.749613
NOK 10.219345
NPR 140.279106
NZD 1.67849
OMR 0.384495
PAB 1.000194
PEN 3.529018
PGK 4.147403
PHP 56.842033
PKR 284.000062
PLN 3.643425
PYG 7491.062583
QAR 3.640504
RON 4.335101
RSD 100.311735
RUB 79.649369
RWF 1444
SAR 3.752999
SBD 8.230592
SCR 14.173667
SDG 600.469553
SEK 9.54263
SGD 1.282595
SHP 0.785843
SLE 23.195189
SLL 20969.503947
SOS 571.494136
SRD 37.4185
STD 20697.981008
STN 21.35
SVC 8.751346
SYP 13002.086727
SZL 17.670469
THB 32.409766
TJS 9.351942
TMT 3.51
TND 2.878501
TOP 2.3421
TRY 40.738057
TTD 6.786845
TWD 29.914977
TZS 2534.999864
UAH 41.497782
UGX 3560.322178
UYU 39.944868
UZS 12624.000171
VES 132.75255
VND 26270
VUV 119.26542
WST 2.657465
XAF 565.102625
XAG 0.026359
XAU 0.000299
XCD 2.70255
XCG 1.802472
XDR 0.702337
XOF 562.512179
XPF 102.597777
YER 240.274965
ZAR 17.581345
ZMK 9001.198539
ZMW 23.079408
ZWL 321.999592
Incêndio criminoso destrói projeto de reflorestamento na Amazônia
Incêndio criminoso destrói projeto de reflorestamento na Amazônia / foto: © RIOTERRA/AFP

Incêndio criminoso destrói projeto de reflorestamento na Amazônia

O que seria uma boa notícia para a floresta amazônica foi reduzido às cinzas para supostamente dar lugar ao gado. Um incêndio criminoso destruiu um projeto de reflorestamento que replantou centenas de milhares de árvores em uma reserva natural na região.

Tamanho do texto:

Lançada em 2019 pelo Centro de Estudos Rioterra, a iniciativa replantou 360.000 árvores em 270 hectares da Reserva Extrativista do Rio Preto-Jacundá, que já havia sido desmatada ilegalmente por pecuaristas no estado de Rondônia.

A ideia era ambiciosa: salvar uma parte da maior floresta tropical do mundo e, simultaneamente, lutar contra a mudança climática, além de criar empregos sustentáveis, afirmou o coordenador do projeto, Alexis Bastos.

Mas justamente quando o solo desmatado voltava a ser uma floresta verde novamente, tudo foi queimado pelas chamas.

Os investigadores concluíram que o incêndio, que começou no dia 3 de setembro, foi criminoso, segundo um relatório forense do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ao qual a AFP teve acesso.

A suspeita é que grileiros pretendem transformar a área em pastos para a pecuária.

"Classifico o incêndio ocorrido como intencional, sendo a motivação mais provável dificultar o processo de restauração ecológica da área em questão", afirma o documento.

- Sinal revelador -

Imagens de satélite indicam que as chamas prosseguiram em direção contrária ao vento, um indicativo de que o incêndio foi criminoso, de acordo com os investigadores.

O promotor de Justiça encarregado do caso, Pablo Hernandez Viscardi, confirmou que a polícia já identificou uma série de suspeitos.

O projeto está localizado na parte sudoeste da Reserva Extrativista do Rio Preto-Jacundá, que tem cerca de 95.000 hectares.

A região é tão remota que a equipe do Rioterra chegou ao local apenas em 6 de setembro, três dias após o início do incêndio e um dia depois de as imagens de satélite alertarem sobre a destruição.

Ao chegarem, descobriram que as estradas de acesso estavam bloqueadas por árvores tombadas.

Bastos conta que desmaiou quando viu a área então reflorestada reduzida às cinzas.

"Foi horrível, péssimo. As pessoas não têm ideia do que é que a gente fez para recuperar. Era um trabalho importante de restauração em escala", disse o coordenador.

O projeto, que custou quase US$ 1 milhão (quase R$ 5 milhões, na cotação atual) e gerou mais de 100 empregos, tinha o objetivo de gerar uma fonte de renda sustentável para os moradores locais, por exemplo, com o cultivo do açaí, além de ajudar no combate à mudança climática.

- Ameaças de morte -

A medida não foi bem-recebida, porém, por alguns moradores da região, sede de uma poderosa indústria agropecuária.

Os investigadores constataram que a reserva Rio Preto-Jacundá está rodeada de fazendas com histórico de crimes ambientais, incluindo repetidas invasões a esta área de preservação.

Imagens de satélite mostram como a floresta verde está cercada por terras desmatadas, que se estendem em vários pontos da reserva.

Bastos contou que a equipe do Rioterra recebia ameaças de morte "constantemente".

"Chegou a ter caso dos caras fazerem emboscada para um colaborador nosso, botarem arma na cabeça dele para mandar a gente parar de recuperar a área. Eles falaram, 'Olha, agora é só um recado, mas se vocês continuarem recuperando a área lá depois não vai ser mais recado, não'", lembrou.

O promotor Viscardi afirmou que o estado de Rondônia enfrenta uma onda de crimes ambientais cometidos por máfias especializadas na apropriação de terras, utilizando assassinos de aluguel contratados e "táticas de guerrilha".

"A gente já detectou organização criminosa voltada à grilagem e práticas de danos ambientais contra nossas unidades de conservação. Isso existe no nosso estado e, provavelmente, esteja acontecendo lá também na Resex do Rio Preto-Jacundá", declarou à AFP.

Mas Bastos está motivado a recomeçar do zero.

"Não pode deixar grileiro de terra achar que isso é normal e que eles têm mais poder do que o Estado, que a sociedade (...) a gente não pode deixar isso", finalizou.

R.Lin--ThChM