The China Mail - Equador enfrenta crise diplomática após invasão de embaixada do México em Quito

USD -
AED 3.672498
AFN 66.150161
ALL 82.071137
AMD 381.637168
ANG 1.790403
AOA 917.000515
ARS 1438.237803
AUD 1.507375
AWG 1.8025
AZN 1.662788
BAM 1.664227
BBD 2.01353
BDT 122.174949
BGN 1.663605
BHD 0.376972
BIF 2953.186891
BMD 1
BND 1.288882
BOB 6.933288
BRL 5.432803
BSD 0.999745
BTN 90.68295
BWP 13.20371
BYN 2.923673
BYR 19600
BZD 2.010636
CAD 1.377245
CDF 2249.999716
CHF 0.795397
CLF 0.023268
CLP 912.439682
CNY 7.04725
CNH 7.03698
COP 3818
CRC 500.085092
CUC 1
CUP 26.5
CVE 93.826583
CZK 20.688697
DJF 178.029272
DKK 6.35129
DOP 63.504084
DZD 129.668047
EGP 47.426902
ERN 15
ETB 155.599813
EUR 0.85013
FJD 2.30425
FKP 0.747395
GBP 0.744605
GEL 2.695036
GGP 0.747395
GHS 11.496767
GIP 0.747395
GMD 73.500541
GNF 8693.802358
GTQ 7.658271
GYD 209.155888
HKD 7.779025
HNL 26.33339
HRK 6.407902
HTG 130.989912
HUF 327.029499
IDR 16665.7
ILS 3.219475
IMP 0.747395
INR 90.91155
IQD 1309.654993
IRR 42109.999776
ISK 125.820464
JEP 0.747395
JMD 159.76855
JOD 0.70904
JPY 154.812501
KES 128.950192
KGS 87.450032
KHR 4000.153165
KMF 420.000145
KPW 900.00025
KRW 1473.890159
KWD 0.30659
KYD 0.833138
KZT 515.642085
LAK 21663.54663
LBP 89542.083418
LKR 309.121852
LRD 176.477597
LSL 16.773656
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.419503
MAD 9.176481
MDL 16.875425
MGA 4456.262764
MKD 52.359562
MMK 2099.766038
MNT 3546.841984
MOP 8.014159
MRU 39.76855
MUR 45.920109
MVR 15.405074
MWK 1733.577263
MXN 17.95322
MYR 4.085502
MZN 63.921425
NAD 16.773727
NGN 1452.609768
NIO 36.793581
NOK 10.186199
NPR 145.07403
NZD 1.729525
OMR 0.384503
PAB 0.999745
PEN 3.36659
PGK 4.24862
PHP 58.521946
PKR 280.175459
PLN 3.587795
PYG 6714.60177
QAR 3.643635
RON 4.330597
RSD 99.810003
RUB 79.399996
RWF 1455.582029
SAR 3.75102
SBD 8.160045
SCR 13.509928
SDG 601.503701
SEK 9.30629
SGD 1.289405
SHP 0.750259
SLE 24.05002
SLL 20969.503664
SOS 570.371001
SRD 38.61039
STD 20697.981008
STN 20.847427
SVC 8.747484
SYP 11058.470992
SZL 16.776719
THB 31.506499
TJS 9.193736
TMT 3.5
TND 2.923758
TOP 2.40776
TRY 42.713601
TTD 6.785228
TWD 31.428502
TZS 2469.999911
UAH 42.257233
UGX 3561.095984
UYU 39.181311
UZS 12095.014019
VES 267.43975
VND 26345
VUV 121.461818
WST 2.779313
XAF 558.16627
XAG 0.015865
XAU 0.000233
XCD 2.70255
XCG 1.801744
XDR 0.69418
XOF 558.16627
XPF 101.481031
YER 238.449991
ZAR 16.77845
ZMK 9001.183536
ZMW 23.168822
ZWL 321.999592
Equador enfrenta crise diplomática após invasão de embaixada do México em Quito
Equador enfrenta crise diplomática após invasão de embaixada do México em Quito / foto: © AFP

Equador enfrenta crise diplomática após invasão de embaixada do México em Quito

O Equador se viu envolvido em uma crise diplomática neste sábado (6) devido à rejeição gerada na América Latina pela invasão assalto de suas forças de segurança à embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas.

Tamanho do texto:

A operação impactante, sem precedentes no mundo, levou o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, a romper imediatamente as relações diplomáticas com o Equador. Nicarágua imitou esta ação neste sábado.

Tanto governos de esquerda da região, como os do Brasil, Colômbia, Venezuela e Chile, quanto de direita, como os da Argentina e Peru, condenaram a invasão que culminou na detenção à força de Glas, procurado pela Justiça equatoriana por acusações de corrupção e que se refugiava na sede diplomática mexicana desde dezembro.

Por sua vez, a Organização dos Estados Americanos (OEA) expressou seu repúdio "a qualquer ação violadora ou que ponha em risco a inviolabilidade dos locais das missões diplomáticas", em um comunicado.

O México denunciou "uma violação flagrante do direito internacional" e de sua "soberania". Neste sábado, López Obrador pediu a seus compatriotas "que se comportem com muita prudência para evitar o assédio" em meio à tensão diplomática.

Imagens de sexta-feira mostram militares equatorianos armados e com um aríete em frente à embaixada. Pelo menos um deles escalou a grade que cerca o prédio para entrar e deter Glas, a quem o México concedeu asilo naquele dia, após tê-lo abrigado durante meses.

A Convenção de Viena, que garante a inviolabilidade do território de uma embaixada, foi citada pela maioria dos países que rejeitaram o cerco à sede da missão mexicana.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, classificou na sexta-feira o asilo concedido a Glas como "ilícito" e defendeu a operação, alegando um "abuso das imunidades e privilégios" concedidos à missão diplomática. Neste sábado, sua chanceler, Gabriela Sommerfeld, acusou o México de "violar o princípio fundamental de não intervenção nos assuntos internos de outros Estados".

A embaixada mexicana em Quito permanecia cercada por policiais neste sábado, e a bandeira do país havia sido retirada do mastro no pátio, constatou um fotógrafo da AFP. Segundo o governo mexicano, os diplomatas e suas famílias retornarão ao país em voos comerciais e com o respaldo de "embaixadas amigas".

- 'Golpeado' -

Glas, vice-presidente do Equador durante o governo do socialista Rafael Correa entre 2013 e 2017, tem uma ordem de prisão preventiva por suposto peculato em obras públicas contratadas após o devastador terremoto na costa equatoriana em 2016.

O político de 54 anos foi transferido neste sábado para uma prisão de segurança máxima em Guayaquil (sudoeste), conhecida como "A Rocha", segundo fontes governamentais.

O ex-presidente Correa, exilado na Bélgica desde 2017 e condenado à revelia a oito anos de prisão por corrupção, disse na rede social X que Glas "tem dificuldades para caminhar porque foi golpeado. Tudo isso é uma loucura".

O México qualificou a operação como "brutal" e denunciou "violência física" contra o chefe de missão, Roberto Canseco, que foi imobilizado no chão por um militar enquanto tentava evitar a captura de Glas, segundo imagens da televisão equatoriana. O diplomata está "bem", assim como o restante da delegação, indicou Bárcena.

López Obrador elogiou a "dignidade e decoro" do pessoal diplomático que estava na embaixada e anunciou que apresentará uma denúncia à Corte Internacional de Justiça.

- Escalada -

A crise diplomática começou na quarta-feira, quando López Obrador estabeleceu um paralelo entre a violência que marcou a campanha presidencial equatoriana de 2023, durante a qual o candidato Fernando Villavicencio foi assassinado, e a criminalidade que ocorre no México em relação às eleições de 2 de junho.

Segundo o presidente mexicano, o crime de Villavicencio criou um "ambiente envenenado de violência" que provocou a queda nas pesquisas da candidata de esquerda Luisa González e o aumento na popularidade de Noboa, que acabou vencedor.

Crítico contundente do ex-presidente Correa (2007-2017), Villavicencio era conhecido por suas denúncias sobre o fortalecimento do narcotráfico.

O governo de Noboa considerou que esses comentários "ofendem o Estado equatoriano" e expulsou a embaixadora mexicana Raquel Serur, que ainda não deixou o país.

Em resposta, o México concedeu asilo político a Glas na sexta-feira, que estava refugiado em sua sede diplomática em Quito desde dezembro, alegando perseguição política contra ele.

- Condenação -

Noboa "quebrou todos os protocolos de comportamento da diplomacia tradicional", disse à AFP Roberto Beltrán Zambrano, professor de gestão de conflitos da Universidade Técnica Particular de Loja, no Equador.

Os governos de Brasil, Venezuela, Cuba, Bolívia, Honduras, Peru e Chile, entre outros, condenaram neste sábado a operação.

"Toda minha solidariedade ao presidente e amigo López Obrador", afirmou no X o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo condenou a ação "nos termos mais firmes".

"[A invasão da embaixada] constitui uma ação que nem mesmo nas ditaduras mais atrozes da região, como a de Augusto Pinochet no Chile ou Jorge Rafael Videla na Argentina, foram registradas", disse o Ministério das Relações Exteriores venezuelano em comunicado.

A Argentina, governada pelo ultraliberal Javier Milei, se uniu "aos países da região na condenação ao que aconteceu ontem na Embaixada do México no Equador".

E.Choi--ThChM