The China Mail - Começa julgamento-chave do assassinato de Marielle Franco

USD -
AED 3.672503
AFN 66.247454
ALL 82.195166
AMD 381.501678
ANG 1.790403
AOA 917.00025
ARS 1451.712967
AUD 1.503172
AWG 1.8025
AZN 1.698572
BAM 1.666503
BBD 2.013642
BDT 122.171618
BGN 1.663895
BHD 0.377006
BIF 2953.726346
BMD 1
BND 1.290015
BOB 6.92273
BRL 5.545144
BSD 0.999749
BTN 89.631315
BWP 13.185989
BYN 2.907816
BYR 19600
BZD 2.010685
CAD 1.374185
CDF 2558.49364
CHF 0.792425
CLF 0.023177
CLP 909.149773
CNY 7.04095
CNH 7.031955
COP 3821.65
CRC 498.36831
CUC 1
CUP 26.5
CVE 93.954899
CZK 20.67445
DJF 178.028851
DKK 6.348705
DOP 62.568433
DZD 129.719054
EGP 47.471002
ERN 15
ETB 154.943468
EUR 0.85006
FJD 2.28735
FKP 0.750114
GBP 0.743305
GEL 2.685004
GGP 0.750114
GHS 11.42268
GIP 0.750114
GMD 72.999577
GNF 8739.812286
GTQ 7.660619
GYD 209.163024
HKD 7.77906
HNL 26.353214
HRK 6.405974
HTG 130.901562
HUF 330.271979
IDR 16771.9
ILS 3.205485
IMP 0.750114
INR 89.556011
IQD 1309.736323
IRR 42100.00017
ISK 125.469772
JEP 0.750114
JMD 159.578049
JOD 0.709023
JPY 157.036049
KES 128.897294
KGS 87.450236
KHR 4010.496988
KMF 419.99986
KPW 899.999969
KRW 1479.795015
KWD 0.307399
KYD 0.833142
KZT 515.528744
LAK 21655.036085
LBP 89525.590669
LKR 309.526853
LRD 176.949228
LSL 16.699372
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.425026
MAD 9.152391
MDL 16.926118
MGA 4503.974847
MKD 52.38389
MMK 2100.312258
MNT 3551.223311
MOP 8.011554
MRU 39.851056
MUR 46.169724
MVR 15.449646
MWK 1733.536684
MXN 17.97365
MYR 4.077994
MZN 63.900523
NAD 16.699372
NGN 1458.999873
NIO 36.79105
NOK 10.10485
NPR 143.404875
NZD 1.724425
OMR 0.384505
PAB 0.99977
PEN 3.366834
PGK 4.253597
PHP 58.735973
PKR 280.058196
PLN 3.585603
PYG 6755.311671
QAR 3.654412
RON 4.325597
RSD 99.795026
RUB 78.681017
RWF 1456.017039
SAR 3.750223
SBD 8.146749
SCR 13.923657
SDG 601.527064
SEK 9.222715
SGD 1.288695
SHP 0.750259
SLE 24.050457
SLL 20969.503664
SOS 570.347713
SRD 38.406499
STD 20697.981008
STN 20.876026
SVC 8.748333
SYP 11058.38145
SZL 16.694359
THB 31.141029
TJS 9.197788
TMT 3.5
TND 2.924433
TOP 2.40776
TRY 42.817855
TTD 6.796861
TWD 31.494502
TZS 2485.980971
UAH 42.082661
UGX 3602.605669
UYU 39.187284
UZS 11993.916129
VES 282.15965
VND 26340
VUV 120.603378
WST 2.787816
XAF 558.912945
XAG 0.014536
XAU 0.000226
XCD 2.70255
XCG 1.801846
XDR 0.695829
XOF 558.929614
XPF 101.619383
YER 238.403789
ZAR 16.688804
ZMK 9001.216238
ZMW 22.594085
ZWL 321.999592
Começa julgamento-chave do assassinato de Marielle Franco
Começa julgamento-chave do assassinato de Marielle Franco / foto: © AFP

Começa julgamento-chave do assassinato de Marielle Franco

Quase sete anos depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, dois réus confessos do duplo homicídio, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, começaram a ser julgados por júri popular no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (30).

Tamanho do texto:

"O júri de hoje é o primeiro passo pra essa justiça, porque a gente não pode normalizar que nenhuma vida seja ceifada da forma que tiraram eles da gente", declarou a filha de Marielle, Luyara, de 25 anos, durante uma emocionante manifestação para exigir "justiça" com cerca de 200 pessoas em frente ao 4º Tribunal do Júri, no Centro do Rio, antes do início do julgamento.

Em 14 de março de 2018, essa ativista carismática, eleita vereadora no Rio de Janeiro, foi morta a tiros dentro de seu carro, aos 38 anos, juntamente com Anderson Gomes.

O assassinato teve grande repercussão internacional. Rapidamente, as atenções se voltaram para o crime organizado e a possível participação das milícias, que se apropriam de terrenos públicos para explorar imóveis ilegalmente, entre outras práticas criminosas.

Nascida no Complexo da Maré, Marielle Franco militou durante muito tempo contra a violência policial e em favor dos moradores das favelas, em especial dos jovens negros, das mulheres e dos membros da comunidade LGBTQIAPN+. Também enfrentou a ação das milícias.

- 'Na esperança de que ainda estivesse viva' -

A família da vereadora, incluindo sua irmã, Anielle, ministra da Igualdade Racial, foi recebida com aplausos em sua chegada ao tribunal por muitas pessoas que carregavam girassóis, constatou a AFP.

 

Lessa, que atirou com uma metralhadora em Marielle de dentro de um veículo dirigido por Queiroz, disse hoje que ficou "cego" e "louco" com a quantia milionária oferecida para que ele executasse o crime, ao depor por videoconferência da prisão por mais de três horas.

"Gostaria de aproveitar a oportunidade e, com absoluta sinceridade e arrependimento, pedir perdão às famílias do Anderson, da Marielle e à minha própria, à dona Fernanda e a toda a sociedade, pelos fatídicos atos que nos trazem até aqui. Infelizmente, não podemos voltar no tempo", disse Lessa.

Os membros do júri também ouviram o depoimento de testemunhas, entre elas Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle, que estava no carro e sobreviveu.

Por videoconferência, ela relatou as circunstâncias do ataque. Disse que ouviu uma "rajada" de disparos e que se agachou, pensando que se tratasse de "um confronto de policiais e bandidos".

"Eu estava atrás do Anderson, ao lado da Marielle. Ela estava o tempo todo da viagem do meu lado direito, de onde vieram os tiros", contou Fernanda.

Quando os tiros cessaram, ela conseguiu acionar o freio de mão, saiu do veículo, "muito ensaguentada [...] e com vidro grudado" em seu corpo, para pedir ajuda. "Olhei para Marielle lá dentro, na esperança de que ela ainda estivesse viva."

- 'Anos sem resposta' -

Após o seu assassinato, Marielle Franco se tornou um ícone da esquerda e dos ativistas da causa negra no Brasil.

"O que aconteceu com ela foi de uma brutalidade tremenda. Foram anos sem respostas. Então acho que é muito importante conseguir essas respostas o mais rápido possível, para gente colocar essas pessoas na cadeia. Hoje é o dia", disse o estudante de Jornalismo Lucas Barbosa, de 27 anos, do lado de fora do tribunal.

O julgamento, no entanto, não atinge os supostos autores intelectuais do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ).

Presos em março, após terem sido citados em delação por Ronnie Lessa, os irmãos Brazão se apresentaram na semana passada para depor no Supremo Tribunal Federal (STF), assim como o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa.

Os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusado de obstruir a investigação após o assassinato, negaram envolvimento no crime. As investigações estão em curso.

Lessa teria matado Marielle Franco por ter se sentido "seduzido" pela oferta feita pelos irmãos Brazão em nome da milícia, de acordo com as investigações.

"O julgamento dos executores do crime é um passo importante [...] Porém, só haverá justiça, de fato, quando as autoridades brasileiras garantirem que todos os responsáveis pelo crime [...] sejam também levados à Justiça", manifestou a Anistia Internacional em comunicado.

A.Zhang--ThChM