The China Mail - Mulheres artistas mostram sua força no teatro japonês Noh

USD -
AED 3.67244
AFN 70.987936
ALL 85.016974
AMD 386.196597
ANG 1.789623
AOA 917.000255
ARS 1164.495014
AUD 1.541806
AWG 1.8
AZN 1.702453
BAM 1.698082
BBD 2.020195
BDT 122.368181
BGN 1.697205
BHD 0.377203
BIF 2979.674761
BMD 1
BND 1.285441
BOB 6.913707
BRL 5.484597
BSD 1.000547
BTN 86.619724
BWP 13.485624
BYN 3.27451
BYR 19600
BZD 2.009863
CAD 1.371585
CDF 2876.999854
CHF 0.817598
CLF 0.024524
CLP 941.079908
CNY 7.188495
CNH 7.17654
COP 4083
CRC 505.135574
CUC 1
CUP 26.5
CVE 95.73526
CZK 21.561301
DJF 178.177935
DKK 6.47798
DOP 59.334763
DZD 130.125459
EGP 50.667603
ERN 15
ETB 137.590404
EUR 0.868395
FJD 2.253302
FKP 0.74459
GBP 0.74133
GEL 2.719711
GGP 0.74459
GHS 10.305877
GIP 0.74459
GMD 71.503045
GNF 8669.265565
GTQ 7.69007
GYD 209.329988
HKD 7.84989
HNL 26.131953
HRK 6.539903
HTG 131.322472
HUF 349.621503
IDR 16404.45
ILS 3.476105
IMP 0.74459
INR 86.632991
IQD 1310.76517
IRR 42125.000251
ISK 124.170449
JEP 0.74459
JMD 159.507178
JOD 0.709022
JPY 145.611499
KES 129.319828
KGS 87.450302
KHR 4010.436338
KMF 427.502749
KPW 899.960114
KRW 1366.455001
KWD 0.30621
KYD 0.833865
KZT 522.867475
LAK 21586.775137
LBP 89650.01693
LKR 300.674194
LRD 200.11374
LSL 18.065631
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.454214
MAD 9.13257
MDL 17.204824
MGA 4471.378834
MKD 53.408149
MMK 2099.322478
MNT 3583.633328
MOP 8.090159
MRU 39.552158
MUR 45.620134
MVR 15.405003
MWK 1734.981811
MXN 19.03303
MYR 4.252502
MZN 63.95993
NAD 18.065239
NGN 1551.15055
NIO 36.821588
NOK 10.07185
NPR 138.591906
NZD 1.669993
OMR 0.384514
PAB 1.000547
PEN 3.592992
PGK 4.183254
PHP 57.170276
PKR 283.908246
PLN 3.70417
PYG 7985.969421
QAR 3.649253
RON 4.367999
RSD 101.782985
RUB 78.450338
RWF 1444.863619
SAR 3.752317
SBD 8.340429
SCR 14.674114
SDG 600.501052
SEK 9.66173
SGD 1.28477
SHP 0.785843
SLE 22.449438
SLL 20969.503664
SOS 571.815553
SRD 38.85022
STD 20697.981008
SVC 8.75522
SYP 13001.808028
SZL 18.062158
THB 32.789662
TJS 9.880532
TMT 3.5
TND 2.961876
TOP 2.342097
TRY 39.67875
TTD 6.799969
TWD 29.524006
TZS 2643.792046
UAH 41.936036
UGX 3606.62285
UYU 40.910946
UZS 12565.876868
VES 102.556703
VND 26128.5
VUV 120.06379
WST 2.751014
XAF 569.533187
XAG 0.027766
XAU 0.000299
XCD 2.70255
XDR 0.709327
XOF 569.520824
XPF 103.544979
YER 242.69767
ZAR 17.989915
ZMK 9001.193572
ZMW 23.1383
ZWL 321.999592
Mulheres artistas mostram sua força no teatro japonês Noh
Mulheres artistas mostram sua força no teatro japonês Noh / foto: © AFP

Mulheres artistas mostram sua força no teatro japonês Noh

Vestida com um quimono, Mayuko Kashiwazaki pronuncia suas falas em um tom preciso e dança com graciosidade ao interpretar a personagem principal de uma peça de teatro japonês Noh. Dessa vez, surpreendentemente, com a maioria de artistas mulheres ao seu lado.

Tamanho do texto:

Utilizando trajes elaborados e máscaras feitas à mão, o Noh é um dos mais antigos estilos teatrais ainda em prática no mundo, com origem no século VIII.

Ao contrário do kabuki, outro clássico estilo de teatro japonês, ou da luta sumô - ambos fortemente masculinos -, o Noh tem sido ofertado a artistas de ambos os gêneros por mais de um século.

No entanto, a presença de mulheres ainda é rara no mundo tradicional deste teatro, onde os pais costumam passar a vocação para seus filhos.

As mulheres representam apenas 15% dos 1.039 atores e músicos registrados na Associação de Artistas Nogaku.

Suas oportunidades de aparecerem no palco são "relativamente limitadas", disse Kashiwazaki, de 43 anos, à AFP.

"Uma razão é que o público do Noh costuma ser mais velho e geralmente vê isso como uma forma de arte masculina", comentou.

Kashiwazaki interpretou, no último fim de semana, no Teatro Nacional Noh de Tóquio, a personagem principal de "Dojoji", um famoso drama sobre a vingança de uma mulher traída.

Depois de se esconder atrás do cenário, um sino de templo budista, ela emerge transformada em um personagem demoníaco em forma de serpente, com cabelo selvagem e vermelho.

- Dramas líricos -

Motivada por seu mentor, Kashiwazaki tentou encontrar o máximo de mulheres possível para a produção.

"'Dojoji' é uma peça extremamente importante para os atores Noh", explicou Kashiwazaki, e "você tem que ter muita sorte para poder interpretá-la pelo menos uma vez na vida".

"Como tive a sorte de ter essa oportunidade, pensei que seria ótimo apresentá-la com outras mulheres artistas", disse.

Yoko Oyama, que tocou um tambor de mão na peça, disse que era raro ver "tantas mulheres no coro e entre os músicos no palco".

Mas alguns personagens, incluindo o ator de apoio, ou "waki" no Noh - quase sempre um personagem de monge ou sacerdote -, foram interpretados por homens devido a falta de mulheres disponíveis.

"As mulheres não interpretam o 'waki' (...) Deve ser sempre assim", comentou o mentor de Kashiwazaki, Yasuaki Komparu, de 72 anos.

Komparu, descendente de uma das cinco famílias das quais as primeiras gerações de atores Noh surgiram, descobriu Kashiwazaki quando estudava Noh.

Ela adorava os dramas líricos e a atuação ocupando cenários minimalistas.

"Fiquei fascinada com o quão legal essa forma artística japonesa parecia, e pensei que só poderia entender se eu mesma participasse", assumiu ela.

- Círculo vicioso -

O primeiro mentor de Kashiwazaki tentou desmotivá-la de fazer Noh, depois de vivenciar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres nessa arte antiga.

Reconhecido pela Unesco como "patrimônio cultural imaterial", o Noh desenvolveu sua forma atual na era Muromachi, de 1336 a 1573, quando as mulheres ainda eram artistas. Na era Edo, de 1603 a 1868, o apoio dos xoguns permitiu aumentar a popularidade do Noh.

Mas as mulheres foram proibidas de aparecer no palco pelas regras oficiais de moralidade que reprimiam as liberdades individuais.

Somente no final do século XIX as mulheres foram readmitidas no Noh, mas tiveram que esperar até 1948 para serem reconhecidas como profissionais.

"Há atores extraordinários, homens e mulheres, mas o público tende a buscar um certo tipo de Noh, com uma ideia fixa do que deve ser", indicou Kashiwazaki.

Essa falta de oportunidades cria um "círculo vicioso" porque não podem acumular experiência para avançar em suas carreiras, explicou a artista.

Q.Moore--ThChM