The China Mail - Do Lehman Brothers ao Credit Suisse, 15 anos de mudanças no setor financeiro

USD -
AED 3.672499
AFN 68.253087
ALL 83.11189
AMD 382.193361
ANG 1.789783
AOA 917.000026
ARS 1296.544538
AUD 1.528585
AWG 1.80075
AZN 1.696679
BAM 1.671124
BBD 2.016064
BDT 121.314137
BGN 1.671124
BHD 0.376469
BIF 2977.656257
BMD 1
BND 1.280215
BOB 6.899645
BRL 5.400897
BSD 0.998505
BTN 87.326014
BWP 13.362669
BYN 3.331055
BYR 19600
BZD 2.005639
CAD 1.38055
CDF 2894.999659
CHF 0.806593
CLF 0.024576
CLP 964.096211
CNY 7.182101
CNH 7.188899
COP 4046.909044
CRC 504.549921
CUC 1
CUP 26.5
CVE 94.215406
CZK 20.904397
DJF 177.810057
DKK 6.37675
DOP 61.460247
DZD 129.567223
EGP 48.265049
ERN 15
ETB 140.628786
EUR 0.85425
FJD 2.255896
FKP 0.737781
GBP 0.73749
GEL 2.69002
GGP 0.737781
GHS 10.833511
GIP 0.737781
GMD 72.556834
GNF 8657.239287
GTQ 7.658393
GYD 208.817875
HKD 7.82575
HNL 26.13748
HRK 6.43703
HTG 130.653223
HUF 337.801955
IDR 16203
ILS 3.377065
IMP 0.737781
INR 87.513502
IQD 1307.984791
IRR 42112.498309
ISK 122.380298
JEP 0.737781
JMD 159.772718
JOD 0.709043
JPY 147.015017
KES 129.004144
KGS 87.378803
KHR 3999.658222
KMF 420.499871
KPW 900.000002
KRW 1388.969924
KWD 0.30547
KYD 0.832059
KZT 540.872389
LAK 21611.483744
LBP 89415.132225
LKR 300.542573
LRD 200.196522
LSL 17.559106
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.400094
MAD 8.995172
MDL 16.64972
MGA 4442.260862
MKD 52.578289
MMK 2099.537865
MNT 3596.792519
MOP 8.046653
MRU 39.940189
MUR 45.639973
MVR 15.409613
MWK 1731.362413
MXN 18.74305
MYR 4.213061
MZN 63.878349
NAD 17.559106
NGN 1532.720333
NIO 36.741146
NOK 10.19984
NPR 139.721451
NZD 1.688633
OMR 0.384218
PAB 0.998505
PEN 3.559106
PGK 4.154313
PHP 56.552991
PKR 283.287734
PLN 3.644209
PYG 7312.342462
QAR 3.640364
RON 4.325802
RSD 100.123895
RUB 79.719742
RWF 1445.80681
SAR 3.752502
SBD 8.223773
SCR 14.949545
SDG 600.498151
SEK 9.55527
SGD 1.277201
SHP 0.785843
SLE 23.310995
SLL 20969.49797
SOS 570.598539
SRD 37.559872
STD 20697.981008
STN 20.933909
SVC 8.736703
SYP 13001.821653
SZL 17.553723
THB 32.45029
TJS 9.310975
TMT 3.51
TND 2.918187
TOP 2.342098
TRY 40.873025
TTD 6.774896
TWD 30.032501
TZS 2608.535908
UAH 41.211005
UGX 3554.492246
UYU 39.945316
UZS 12562.908532
VES 135.47035
VND 26270
VUV 119.143454
WST 2.766276
XAF 560.479344
XAG 0.026308
XAU 0.0003
XCD 2.70255
XCG 1.799547
XDR 0.697056
XOF 560.479344
XPF 101.901141
YER 240.275009
ZAR 17.59525
ZMK 9001.17429
ZMW 23.140086
ZWL 321.999592
Do Lehman Brothers ao Credit Suisse, 15 anos de mudanças no setor financeiro
Do Lehman Brothers ao Credit Suisse, 15 anos de mudanças no setor financeiro / foto: © AFP

Do Lehman Brothers ao Credit Suisse, 15 anos de mudanças no setor financeiro

Entre o colapso do Lehman Brothers em 2008 e o resgate do Credit Suisse este ano, o setor financeiro mudou consideravelmente nos últimos 15 anos, marcado por uma onda de aquisições e por uma regulamentação maior.

Tamanho do texto:

- Maior regulamentação -

Desde a crise de 2008, os bancos foram forçados a adotar uma regulamentação maior devido à pressão dos órgãos reguladores na Europa e nos Estados Unidos.

Agora devem ter um nível mínimo de capitalização que lhes permita compensar perdas significativas e, assim, ser mais sólidos diante de grandes crises.

A medida foi promovida pelo Comitê da Basileia (Suíça), órgão fundamental do setor bancário.

Cada entidade deve ter grandes quantidades de liquidez e ativos fáceis de vender para poder reagir a uma onda de saques de dinheiro por parte dos clientes.

Aplicadas desde 2008, as regras pretendem evitar que as autoridades sejam obrigadas a intervir e resgatar entidades financeiras com dinheiro público, como aconteceu após a queda dos Lehman Brothers.

No caso de falência de um ator bancário, os líderes europeus "têm agora um marco" para reagir e lidar com essa situação, independentemente da dimensão do banco, destacou em 2022 a presidente do Banco Santander, Ana Botín, que então presidia o lobby europeu do setor financeiro.

A aquisição do Credit Suisse pelo UBS, por 3 bilhões de francos suíços (cerca de 3,36 bilhões de dólares ou 16,7 bilhões de reais na cotação atual), exemplificou esta nova operação.

O UBS anunciou em agosto que renunciou à ajuda financeira do Estado e do Banco Central suíços, que havia sido concedida para resgatar o Credit Suisse.

- Recomposição do setor -

Após a crise dos Lehman Brothers, as operações de aquisição de bancos se multiplicaram.

Entre setembro e outubro de 2008, o Bank of America comprou o Merrill Lynch por 50 bilhões de dólares (105,7 bilhões de reais na cotação da época); o britânico Halifax-Bank of Scotland (HBOS) fez o mesmo com o Lloyds por 12,2 bilhões de dólares (60,7 bilhões de reais na cotação atual), enquanto o Santander adquiriu o britânico Bradford & Bingley, e a entidade francesa BNP Paribas assumiu controle das atividades do Fortis na Bélgica e em Luxemburgo.

"A crise serviu, basicamente, para fazer uma limpeza e acabar com esses atores mais frágeis", recorda Xavier Musca, atual CEO do Crédit Agricole e ex-diretor-geral do Tesouro na França em 2008, em declarações à AFP.

Na Europa, porém, houve menos mudanças nas finanças do que nos Estados Unidos, onde "a crise representou uma oportunidade para o governo americano reestruturar o setor bancário", diz Musca.

Atualmente, os bancos comerciais são dominados por entidades americanas que "aproveitaram algumas diferenças na regulamentação para ganhar partes do mercado na Europa", explica David Benamou, diretor de investimentos da Axiom Alternative Investments.

- Os bancos continuam frágeis? -

As quebras bancárias nos Estados Unidos no início de 2023, junto com o resgate do Credit Suisse, alimentaram os temores de outra crise financeira global.

As turbulências na primavera (no hemisfério norte, outono no Brasil), segundo Musca, evidenciaram a necessidade de manter as regras atuais no setor e evitar uma desregulamentação, o que significaria "um regresso ao passado".

Quando chegou à Casa Branca, em 2017, o ex-presidente Donald Trump flexibilizou as regras da maioria dos bancos do seu país, com exceção dos 13 maiores.

A desregulamentação contribuiu para as dificuldades financeiras do primeiro semestre de 2023.

Perante esta situação, os órgãos reguladores propuseram medidas para fortalecer a solidez dos bancos.

"Ainda há trabalho a fazer, mas estamos em uma situação muito melhor", afirma William Dudley, ex-vice-presidente do escritório do Federal Reserve em Nova York, que sustenta que os grandes bancos "agora estão sujeitos a uma regulamentação muito mais rigorosa do que em 2007-08".

Y.Parker--ThChM