The China Mail - Alemanha volta a debater proibição da prostituição

USD -
AED 3.67298
AFN 70.000026
ALL 82.924992
AMD 382.490067
ANG 1.789783
AOA 916.999896
ARS 1423.897699
AUD 1.511031
AWG 1.8
AZN 1.701292
BAM 1.671367
BBD 2.013724
BDT 121.707771
BGN 1.672101
BHD 0.377047
BIF 2950
BMD 1
BND 1.283398
BOB 6.909075
BRL 5.406897
BSD 0.999812
BTN 88.112288
BWP 13.398564
BYN 3.384577
BYR 19600
BZD 2.01087
CAD 1.386345
CDF 2875.999952
CHF 0.79903
CLF 0.024522
CLP 962.000399
CNY 7.12125
CNH 7.11738
COP 3924.63
CRC 504.279238
CUC 1
CUP 26.5
CVE 94.424976
CZK 20.853502
DJF 177.719826
DKK 6.382702
DOP 63.793911
DZD 129.879945
EGP 48.092503
ERN 15
ETB 143.099946
EUR 0.854897
FJD 2.243703
FKP 0.738995
GBP 0.73877
GEL 2.690107
GGP 0.738995
GHS 12.198093
GIP 0.738995
GMD 72.000326
GNF 8660.000069
GTQ 7.663778
GYD 209.187358
HKD 7.78945
HNL 26.149784
HRK 6.4437
HTG 130.786651
HUF 336.216502
IDR 16447.35
ILS 3.32245
IMP 0.738995
INR 88.05355
IQD 1310
IRR 42089.999698
ISK 122.430246
JEP 0.738995
JMD 160.086482
JOD 0.709026
JPY 147.430016
KES 129.515054
KGS 87.450263
KHR 4003.999443
KMF 420.509472
KPW 900.013015
KRW 1389.339776
KWD 0.30551
KYD 0.833191
KZT 538.548966
LAK 21662.49826
LBP 89601.810534
LKR 301.953546
LRD 199.749714
LSL 17.529908
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.414987
MAD 9.030503
MDL 16.647582
MGA 4472.451962
MKD 52.581654
MMK 2099.458951
MNT 3597.415466
MOP 8.022133
MRU 39.950478
MUR 45.820206
MVR 15.409722
MWK 1736.999689
MXN 18.59799
MYR 4.214976
MZN 63.909916
NAD 17.529896
NGN 1504.539867
NIO 36.690372
NOK 9.96897
NPR 140.982332
NZD 1.68274
OMR 0.384475
PAB 0.999795
PEN 3.424029
PGK 4.18175
PHP 57.014996
PKR 281.601759
PLN 3.642564
PYG 7162.145995
QAR 3.640802
RON 4.339698
RSD 100.140981
RUB 84.498733
RWF 1445
SAR 3.751662
SBD 8.223823
SCR 14.226117
SDG 600.499783
SEK 9.349197
SGD 1.28219
SHP 0.785843
SLE 23.374968
SLL 20969.49797
SOS 571.496357
SRD 39.373981
STD 20697.981008
STN 21.25
SVC 8.749081
SYP 13001.736919
SZL 17.529914
THB 31.769605
TJS 9.488225
TMT 3.51
TND 2.90375
TOP 2.342103
TRY 41.27601
TTD 6.786019
TWD 30.292097
TZS 2465.000093
UAH 41.25211
UGX 3509.596486
UYU 39.934027
UZS 12385.0002
VES 156.178305
VND 26395
VUV 119.746932
WST 2.715893
XAF 560.548793
XAG 0.024294
XAU 0.000275
XCD 2.70255
XCG 1.802
XDR 0.697447
XOF 557.498216
XPF 102.375003
YER 239.598929
ZAR 17.485904
ZMK 9001.209303
ZMW 24.171082
ZWL 321.999592
Alemanha volta a debater proibição da prostituição
Alemanha volta a debater proibição da prostituição / foto: © AFP

Alemanha volta a debater proibição da prostituição

Birgit costumava pagar por serviços sexuais amparada por uma legislação que lhe traz tranquilidade. Mas a mulher de 57 anos teme que as coisas mudem em seu país, Alemanha, que volta a debater a proibição da prostituição, legalizada há 20 anos.

Tamanho do texto:

No Parlamento, a oposição conservadora luta para reformar a lei que legalizou o trabalho sexual. Para o chanceler socialdemocrata Olaf Scholz, mudanças são necessárias.

Em uma proposta que será analisada nesta sexta-feira na Câmara dos Deputados, o partido de oposição da ex-chanceler Angela Merkel, CDU, afirma que a lei de 2002 não atingiu seus objetivos: melhorar a situação dos profissionais e conter o tráfico de seres humanos.

Os conservadores exigem a proibição dos bordéis e a penalização das pessoas que pagam por serviços sexuais. É "profundamente preocupante", denunciou a Federação de Serviços Sexuais e Eróticos (BesD).

Kevin, o homem que Birgit paga para fazer sexo, é um dos 800 membros desta federação. Ele trabalha no setor "há anos" e por vontade própria.

- Consentimento -

Proibir a prostituição só vai aumentar a violência velada, afirma o homem de 43 anos, que cobra 500 euros por duas horas (2.600 reais na cotação atual), um complemento ao seu rendimento como técnico de calefação.

Segundo ele, "a cafetinagem e o tráfico de mulheres deveriam ser punidos com mais rigidez".

O gerente do portal Callboyz.net, onde outros homens vendem seus serviços, explica que todas os profissionais do sexo estão registrados e pagam impostos.

Birgit, uma de suas clientes que, como ele, prefere não revelar o sobrenome, defende a atual legislação. Para ela, a lei a protege de "ser violentada ou contrair doenças durante um 'encontro'".

A Alemanha tem 28.280 trabalhadores do sexo declarados, segundo a agência nacional de estatísticas, Destatis.

Porém, o número de profissionais não registrados pode ser muito maior.

Dorothee Bär, copresidente da bancada da oposição conservadora na Câmara, calcula o número em 250 mil, a maioria mulheres.

"Infelizmente, a Alemanha tornou-se um reduto do abuso e da exploração sexual", afirma a deputada, que descreve o país como o "bordel da Europa".

- Ruas e drogas -

A rotina de Jana, uma búlgara de 48 anos que chegou em Berlim em 1999, é completamente diferente da de Kevin.

Com o rosto coberto por um capuz, ela conta que foi obrigada a se prostituir para pagar a passagem de ônibus ao homem que a ajudou a chegar na Alemanha.

Duas décadas depois, ela dorme nas ruas e se prostitui por 30 euros (160 reais na cotação atual) em banheiros públicos ou sex shops. Para suportar, usou metanfetaminas por nove anos, mas conseguiu parar há três anos.

O caso de Jana, nome fictício, é "clássico", explica Gerhard Schönborn, presidente da associação local Neustart (novo começo, em alemão), que ajuda as prostitutas na Kurfürstenstrasse, rua do distrito da luz vermelha em Berlim.

Para Schönborn, a lei teve efeitos negativos. "A ideia era tirar o setor da escuridão, mas contribuiu para o aumento dos bordéis", afirma.

A associação atende cerca de 3.500 mulheres por ano.

No final de 2022, a Alemanha contava com 2.310 casas de prostituição registradas - bordéis e também agências de acompanhantes -, segundo a Destatis.

P.Deng--ThChM