The China Mail - Beyoncé e a esperança das mulheres negras por um espaço na música country

USD -
AED 3.6725
AFN 68.219237
ALL 82.857752
AMD 380.976754
ANG 1.789783
AOA 916.999835
ARS 1364.654972
AUD 1.525972
AWG 1.8025
AZN 1.702625
BAM 1.668415
BBD 2.008787
BDT 121.381958
BGN 1.67037
BHD 0.376029
BIF 2975.730433
BMD 1
BND 1.283259
BOB 6.891875
BRL 5.4152
BSD 0.997398
BTN 88.031563
BWP 13.409256
BYN 3.370186
BYR 19600
BZD 2.005886
CAD 1.383715
CDF 2874.999699
CHF 0.798005
CLF 0.024592
CLP 969.61399
CNY 7.13285
CNH 7.128005
COP 3977.479207
CRC 505.352954
CUC 1
CUP 26.5
CVE 94.0627
CZK 20.81885
DJF 177.607166
DKK 6.37496
DOP 63.075283
DZD 129.747921
EGP 48.567648
ERN 15
ETB 142.670164
EUR 0.85357
FJD 2.252797
FKP 0.74048
GBP 0.740467
GEL 2.699446
GGP 0.74048
GHS 12.068245
GIP 0.74048
GMD 71.49907
GNF 8644.913628
GTQ 7.649392
GYD 208.667093
HKD 7.79775
HNL 26.130945
HRK 6.429803
HTG 130.356153
HUF 335.300497
IDR 16378.7
ILS 3.346245
IMP 0.74048
INR 88.186502
IQD 1306.632544
IRR 42074.999694
ISK 122.150031
JEP 0.74048
JMD 159.590531
JOD 0.709017
JPY 148.140499
KES 129.059501
KGS 87.450349
KHR 3999.14694
KMF 420.498862
KPW 899.957587
KRW 1386.497707
KWD 0.30552
KYD 0.831137
KZT 536.003412
LAK 21638.72894
LBP 89314.139475
LKR 301.155897
LRD 199.974408
LSL 17.631478
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.414374
MAD 9.064278
MDL 16.740456
MGA 4435.913841
MKD 52.497334
MMK 2099.79447
MNT 3595.654581
MOP 8.015782
MRU 39.984645
MUR 46.069888
MVR 15.410072
MWK 1729.409256
MXN 18.727745
MYR 4.223803
MZN 63.901063
NAD 17.631478
NGN 1530.00009
NIO 36.707187
NOK 10.02606
NPR 140.850501
NZD 1.698561
OMR 0.384159
PAB 0.997398
PEN 3.513158
PGK 4.162935
PHP 56.703045
PKR 283.017616
PLN 3.629927
PYG 7188.739603
QAR 3.645383
RON 4.332201
RSD 99.961612
RUB 81.232352
RWF 1444.65771
SAR 3.750234
SBD 8.223823
SCR 14.776967
SDG 600.513306
SEK 9.389785
SGD 1.284805
SHP 0.785843
SLE 23.249724
SLL 20969.49797
SOS 570.014929
SRD 38.877497
STD 20697.981008
STN 20.899979
SVC 8.726807
SYP 13002.099791
SZL 17.625933
THB 32.080245
TJS 9.425123
TMT 3.51
TND 2.916784
TOP 2.342098
TRY 41.258575
TTD 6.769034
TWD 30.523199
TZS 2498.443165
UAH 41.112647
UGX 3508.637236
UYU 39.957347
UZS 12404.350608
VES 152.63057
VND 26400
VUV 120.159591
WST 2.775446
XAF 559.570911
XAG 0.024381
XAU 0.000279
XCD 2.70255
XCG 1.797483
XDR 0.695927
XOF 559.570911
XPF 101.735978
YER 240.101522
ZAR 17.56508
ZMK 9001.20124
ZMW 23.812327
ZWL 321.999592
Beyoncé e a esperança das mulheres negras por um espaço na música country
Beyoncé e a esperança das mulheres negras por um espaço na música country / foto: © AFP

Beyoncé e a esperança das mulheres negras por um espaço na música country

A artista Julie Williams, uma mulher preta do sul dos Estados Unidos, canta sobre a tentativa de fazer sucesso em Nashville, a capital do country - um estilo dominado por brancos. Ela acredita que Beyoncé consiga mudar esse cenário e abrir caminhos.

Tamanho do texto:

Beyoncé lançou na sexta-feira (29) seu primeiro álbum country, "Cowboy Carter", um projeto que tem chamado a atenção para a longa história dos artistas negros no estilo musical, e que enfatiza os esforços para mudar a narrativa de uma indústria majoritariamente masculina e branca, a fim de criar uma Nashville mais inclusiva.

"Quando você vê alguém que está no topo de sua arte e está arrasando, e você pensa: 'Nossa, isso poderia ser eu', é muito emocionante", contou Williams à AFP.

Por isso, a cantora acredita que o disco de Beyoncé seja um "momento histórico para colocar o country negro em destaque".

Williams é uma das cerca de 200 artistas associados ao Black Opry, um coletivo que há três anos apresenta e amplifica as vozes de artistas negros que trabalham em gêneros como country e folk.

"Sempre fui uma grande fã de música country e sempre me senti isolada nessa experiência. Especialmente como mulher negra queer, não vemos muita representatividade, nem nos artistas, nem nos fãs, nem no material de marketing", explicou a fundadora do Black Opry, Holly G.

"Quando comecei com o Black Opry, percebi que todos nós estamos nisso, só que não temos a mesma plataforma nem as mesmas oportunidades que alguns de nossos colegas brancos", defendeu.

- Resistência à mudança -

O nome do coletivo é uma referência direta ao Grand Ole Opry, o quase centenário espaço de apresentações country cuja história complicada foi marcada por intérpretes negros, mas que ao longo do tempo também se destacou por artistas e líderes políticos ligados a ideologias racistas.

A marginalização de artistas pretos na música country ganhou importância após o álbum de Beyoncé, diz Charles Hughes, autor do livro "Country Soul: Making Music and Making Race in the American South" (Alma do Country: Fazendo Música e Fazendo Cor na América do Sul, em tradução livre).

Hughes espera que o "efeito Beyoncé" lance os músicos e compositores do gênero que têm trabalhado arduamente para "abrir portas".

O country é um estilo musical essencialmente americano, com influências africanas: o banjo, por exemplo, surgiu de instrumentos trazidos para a América e o Caribe pelos escravizados no século XVII.

No entanto, o country contemporâneo desenvolveu uma imagem predominantemente branca, machista e conservadora, e os líderes da indústria resistem à mudança.

No início do século XX, a indústria musical adotou rótulos para catalogar as músicas nos rankings de mais ouvidas, como "hillbilly" (caipira) para a música feita por brancos e "race records" (gravações de cor) para a música americana de raízes pretas, classificações que mais tarde evoluíram como country e R&B, respectivamente.

"Essa separação inicial era baseada apenas na cor da pele, e não no som da música", afirma Holly G.

As divisões permanecem até os dias atuais, o que significa que os músicos negros - e especialmente as mulheres negras, já que para as artistas femininas em geral é muito mais difícil ter sucesso nas rádios country - enfrentam enormes obstáculos para entrar na corrente dominante.

"A música pode soar exatamente igual à das outras pessoas na rádio, e eles me dizem: 'A sua não é country'", explica à AFP Prana Supreme, integrante do duo de country mãe-filha O.N.E. The Duo.

"Minha esperança é que, daqui a alguns anos, a menção da raça de um artista, no que diz respeito ao lançamento de gêneros musicais, seja irrelevante", declarou Beyoncé recentemente.

Mas Holly G não acredita em uma mudança na indústria até acontecer. Ela acha que "Beyoncé é uma das celebridades mais poderosas do mundo. E ela foi capaz de aproveitar isso para ter sucesso neste espaço".

"Mas acho que isso se deve ao fato de que a indústria se sente intimidada por Beyoncé", pontuou, "não porque estejam abertos a apoiar mulheres negras".

L.Johnson--ThChM