The China Mail - Assassinato ao vivo: do feminicídio à violência contra influenciadores no México

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Assassinato ao vivo: do feminicídio à violência contra influenciadores no México
Assassinato ao vivo: do feminicídio à violência contra influenciadores no México / foto: © AFP/Arquivos

Assassinato ao vivo: do feminicídio à violência contra influenciadores no México

"Talvez queiram me matar", disse Valeria Márquez momentos antes de ser baleada, durante uma transmissão ao vivo no TikTok. O caso chama a atenção não apenas para a epidemia de feminicídios no México, mas também para a violência crescente contra os influenciadores digitais.

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Valeria, 23, tinha 95 mil seguidores no TikTok e se soma a uma extensa lista de mulheres assassinadas no México, que cresce a uma velocidade de dez casos por dia, segundo a ONU. O crime aconteceu na última terça-feira (13), no contexto de uma série de homicídios e ameaças de narcotraficantes a celebridades das redes sociais.

Autoridades do estado de Jalisco, no entanto, investigam o caso como feminicídio e asseguram que não há provas de envolvimento de Valeria com o crime organizado.

O vídeo da transmissão ao vivo mostra os últimos momentos da jovem, em um salão de beleza de sua propriedade localizado em uma área nobre do município de Zapopan, onde assassinatos acontecem com frequência.

"Você é a Valeria?", pergunta um homem, que não aparece no vídeo. Ela responde que sim e é baleada em seguida.

A influenciadora segurava um porco de pelúcia que acabara de ganhar. Era o mesmo presente que haviam tentado entregar a ela mais cedo, o que a teria preocupado, por não saber quem havia enviado o brinquedo, conta na transmissão.

A jovem publicava conteúdo de beleza, e não havia recebido ameaças, segundo autoridades.

- Feminicídio -

"Foi um feminicídio, e deve ser investigado como tal", disse à AFP o consultor de segurança David Saucedo, que citou versões da imprensa segundo as quais alguns contatos de Valeria nas redes sociais tinham ligação com o Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG).

A violência de gênero é um problema latente no México: 70% das mulheres com mais de 15 anos já sofreram algum tipo de agressão, segundo a ONU Mulheres. Se somados os feminicídios e homicídios dolosos, acontecem, em média, 10 assassinatos de meninas e mulheres por dia, de acordo com a ONU.

O México tem alguns dos influenciadores mais populares da América Latina, como Kimberly Loaiza e Luisito Comunica, que acumulam dezenas de milhões de assinantes e seguidores no YouTube e no Instagram, onde compartilham conteúdo de música e viagem. Mas também surgiram no universo digital personagens polêmicos, que foram assassinados, em meio a suspeitas de ligação com criminosos.

Veículos reportaram em janeiro que um pequeno avião havia lançado panfletos em Culiacán contendo ameaças a cerca de 20 artistas e YouTubers por suposto envolvimento com a facção Los Chapitos, uma das que disputam o controle do Cartel de Sinaloa, fundado por Joaquín "El Chapo" Guzmán.

"Os influenciadores se tornaram uma nova engrenagem na estrutura do crime organizado", comentou Saucedo, que identificou três tipos de personagens ligados a esses grupos: informantes de acontecimentos políticos e criminosos; "parceiros" ligados à lavagem de dinheiro; e pessoas que se relacionam com criminosos.

Com o índice de impunidade acima de 90%, o analista é pessimista no que se refere à resolução do assassinato de Valeria, principalmente se os envolvidos forem criminosos de alto perfil.

P.Deng--ThChM