The China Mail - 'Clima de desespero': humoristas imigrantes satirizam a repressão de Trump

USD -
AED 3.672501
AFN 66.240603
ALL 83.177072
AMD 382.120536
ANG 1.790055
AOA 916.999657
ARS 1406.024298
AUD 1.5311
AWG 1.8
AZN 1.698478
BAM 1.682293
BBD 2.013023
BDT 122.133531
BGN 1.68091
BHD 0.377076
BIF 2949.904523
BMD 1
BND 1.30133
BOB 6.906191
BRL 5.288986
BSD 0.999415
BTN 88.626159
BWP 14.228698
BYN 3.409228
BYR 19600
BZD 2.010098
CAD 1.40289
CDF 2137.510825
CHF 0.792404
CLF 0.023765
CLP 932.280175
CNY 7.11275
CNH 7.09747
COP 3763.8
CRC 500.954773
CUC 1
CUP 26.5
CVE 94.845086
CZK 20.825999
DJF 177.974849
DKK 6.42812
DOP 64.374065
DZD 130.133521
EGP 47.198502
ERN 15
ETB 154.851967
EUR 0.86078
FJD 2.27535
FKP 0.757017
GBP 0.76063
GEL 2.702208
GGP 0.757017
GHS 10.942163
GIP 0.757017
GMD 72.999677
GNF 8675.532006
GTQ 7.660548
GYD 209.038916
HKD 7.771365
HNL 26.293244
HRK 6.484697
HTG 130.932925
HUF 331.4225
IDR 16723.25
ILS 3.229575
IMP 0.757017
INR 88.691503
IQD 1309.32925
IRR 42112.502587
ISK 126.709866
JEP 0.757017
JMD 160.523667
JOD 0.708999
JPY 154.371502
KES 129.249793
KGS 87.450205
KHR 4008.600301
KMF 425.000207
KPW 900.02171
KRW 1452.589763
KWD 0.30659
KYD 0.832889
KZT 523.891035
LAK 21687.96986
LBP 89501.453663
LKR 306.559549
LRD 181.398269
LSL 17.1411
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.452575
MAD 9.241164
MDL 16.871097
MGA 4468.509694
MKD 52.917244
MMK 2099.568332
MNT 3578.06314
MOP 8.000774
MRU 39.575771
MUR 45.650112
MVR 15.40503
MWK 1733.042027
MXN 18.34866
MYR 4.132498
MZN 63.960137
NAD 17.1411
NGN 1441.890154
NIO 36.780265
NOK 10.080255
NPR 141.801854
NZD 1.760205
OMR 0.384511
PAB 0.999415
PEN 3.370349
PGK 4.225982
PHP 59.00804
PKR 282.521891
PLN 3.637201
PYG 7042.096028
QAR 3.643135
RON 4.377298
RSD 100.870996
RUB 80.891687
RWF 1452.717232
SAR 3.749984
SBD 8.237372
SCR 13.656496
SDG 601.497242
SEK 9.44298
SGD 1.29873
SHP 0.750259
SLE 23.374976
SLL 20969.498139
SOS 570.19732
SRD 38.589499
STD 20697.981008
STN 21.073819
SVC 8.745205
SYP 11058.869089
SZL 17.134452
THB 32.4305
TJS 9.225
TMT 3.5
TND 2.938809
TOP 2.40776
TRY 42.330005
TTD 6.777226
TWD 30.733982
TZS 2439.999946
UAH 42.001858
UGX 3567.926508
UYU 39.765005
UZS 12032.720329
VES 233.26555
VND 26350
VUV 121.860911
WST 2.809778
XAF 564.142765
XAG 0.019592
XAU 0.000245
XCD 2.70255
XCG 1.801252
XDR 0.704774
XOF 564.230111
XPF 102.582188
YER 238.496025
ZAR 17.112702
ZMK 9001.194587
ZMW 22.46297
ZWL 321.999592
'Clima de desespero': humoristas imigrantes satirizam a repressão de Trump
'Clima de desespero': humoristas imigrantes satirizam a repressão de Trump / foto: © AFP

'Clima de desespero': humoristas imigrantes satirizam a repressão de Trump

"Há outros imigrantes ou já nos livramos de todos?", pergunta a comediante Lucie Pohl, arrancando gargalhadas do público no início do "Immigrant Jam Comedy", um espetáculo de stand-up em um clube nova-iorquino onde todos os humoristas são de origem estrangeira.

Tamanho do texto:

O endurecimento da política migratória dos Estados Unidos e as deportações em massa do segundo mandato de Donald Trump estão na mente de todos.

Pohl, nascida na Alemanha e criada em Nova York, decidiu criar o show há mais de oito anos, quando o magnata republicano ocupava a Casa Branca pela primeira vez.

"Eu me sentia triste e um pouco assustada porque ainda não tinha me tornado cidadã", conta à AFP essa atriz de trinta e poucos anos, que chegou aos Estados Unidos aos oito anos e se naturalizou em 2021.

"E então me ocorreu criar um espaço em homenagem aos imigrantes, algo que fosse alegre, sem medo", acrescenta.

Uma colombiana, um argentino, um búlgaro e uma israelense estavam entre o público entusiasmado de uma sexta-feira à noite no Caveat, uma pequena sala no Lower East Side de Manhattan.

"O que eles dizem sobre suas experiências nos Estados Unidos se parece com o que eu vivi", explica Martin Calles, que chegou da Argentina há 35 anos.

"Já vi muito stand-up e este espetáculo é o que mais me representa", diz, e aponta que muitos humoristas americanos falam de coisas com as quais ele não se identifica.

- "Revigorante" -

A colombiana Carolina Ravassa, espectadora assídua, aprecia um pouco de humor em meio às tensões causadas pelas batidas e deportações: "É um pouco duro e cansativo, então assistir isso é realmente revigorante".

Procurada por Pohl nas redes sociais, Lakshmi Kopparam, de origem indiana, rapidamente se tornou uma figura de destaque no elenco do "Immigrant Jam", que é diferente a cada noite, embora alguns artistas retornem regularmente.

Visto, permissão de residência, naturalização, diferenças culturais, integração, cada um fala de sua experiência sem nunca abandonar o humor.

"Grande parte do meu material já tem esse conteúdo, então nem precisei inventar", afirma Kopparam, que durante o dia trabalha como engenheira de software na Amazon.

Pohl esclarece que a instrução não é falar sobre imigração. "Muitos o fazem, mas acho que não é consciente", diz.

Ela também reconhece que a segunda presidência de Trump deixou o tom do espetáculo mais pesado.

"O governo tomou medidas tão extremas contra os imigrantes que sinto que há mais senso de urgência e ameaça", observa. Há "mais clima de desespero, então talvez o material tenha se tornado mais sombrio".

- Nem vaias nem hostilidade -

No coração da cosmopolita Big Apple, que acaba de eleger um prefeito muçulmano, Pohl não se lembra de ter recebido vaias ou hostilidade.

"É claramente um lugar onde você se sente seguro", concorda Bianca Cristovao, nascida na República Tcheca e que, frequentemente, quando se apresenta em outros lugares, é "a única imigrante".

"Tenho a impressão de que as pessoas entendem um pouco melhor minha história", diz, e "também que posso me permitir ir um pouco mais longe ao criticar os Estados Unidos".

Quando um espectador alemão conta a Pohl que acabou de se mudar para os Estados Unidos, a comediante responde rapidamente: "Por quê? Para ver como vivem as pessoas pobres sem plano de saúde?"

As críticas aos americanos nunca são agressivas. No entanto, surge a questão de se esse humor funcionaria em outros lugares do país, atualmente muito polarizado. "Talvez não nos estados republicanos", sugere Ravassa.

Cristovao, que recentemente se tornou cidadã dos Estados Unidos, acredita que abordar esses temas diante de um público mais amplo poderia ter virtudes pedagógicas.

"Muitos americanos não sabem exatamente como alguém se torna americano", afirma. "É um processo longo e difícil e acho importante conscientizar sobre isso."

T.Luo--ThChM