The China Mail - Líder do Exército não aceita negociar em 6º dia de combates no Sudão

USD -
AED 3.6725
AFN 66.498985
ALL 83.849893
AMD 382.479814
ANG 1.789982
AOA 916.99985
ARS 1450.743699
AUD 1.542686
AWG 1.805
AZN 1.69797
BAM 1.69722
BBD 2.01352
BDT 122.007836
BGN 1.693755
BHD 0.376999
BIF 2952.5
BMD 1
BND 1.304378
BOB 6.907594
BRL 5.3502
BSD 0.999679
BTN 88.558647
BWP 13.450775
BYN 3.407125
BYR 19600
BZD 2.010578
CAD 1.41157
CDF 2149.999973
CHF 0.806535
CLF 0.024051
CLP 943.494034
CNY 7.11935
CNH 7.12277
COP 3784.2
CRC 502.442792
CUC 1
CUP 26.5
CVE 95.85046
CZK 21.07815
DJF 177.720484
DKK 6.467935
DOP 64.276658
DZD 130.564976
EGP 47.30068
ERN 15
ETB 153.901624
EUR 0.86619
FJD 2.28425
FKP 0.766404
GBP 0.761145
GEL 2.705037
GGP 0.766404
GHS 10.944994
GIP 0.766404
GMD 73.00005
GNF 8690.000203
GTQ 7.6608
GYD 209.15339
HKD 7.775585
HNL 26.350172
HRK 6.525201
HTG 130.827172
HUF 334.478
IDR 16701.1
ILS 3.272635
IMP 0.766404
INR 88.67335
IQD 1309.660176
IRR 42112.500479
ISK 126.620195
JEP 0.766404
JMD 160.35857
JOD 0.709028
JPY 153.022029
KES 129.150141
KGS 87.449874
KHR 4012.669762
KMF 421.000037
KPW 900.033283
KRW 1448.380373
KWD 0.30688
KYD 0.833167
KZT 526.13127
LAK 21717.265947
LBP 89523.367365
LKR 304.861328
LRD 182.946302
LSL 17.373217
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.466197
MAD 9.311066
MDL 17.114592
MGA 4500.000361
MKD 53.290545
MMK 2099.044592
MNT 3585.031206
MOP 8.005051
MRU 39.793742
MUR 45.949763
MVR 15.405043
MWK 1737.000135
MXN 18.57178
MYR 4.179894
MZN 63.959808
NAD 17.373217
NGN 1438.170034
NIO 36.754964
NOK 10.198475
NPR 141.693568
NZD 1.774198
OMR 0.384494
PAB 0.999779
PEN 3.375927
PGK 4.208502
PHP 58.92977
PKR 282.679805
PLN 3.681165
PYG 7081.988268
QAR 3.643566
RON 4.404602
RSD 101.521003
RUB 81.249968
RWF 1452.596867
SAR 3.750595
SBD 8.230592
SCR 14.436944
SDG 600.486468
SEK 9.57305
SGD 1.304395
SHP 0.750259
SLE 23.220523
SLL 20969.499529
SOS 571.349231
SRD 38.503495
STD 20697.981008
STN 21.260533
SVC 8.747304
SYP 11056.895466
SZL 17.359159
THB 32.402312
TJS 9.227278
TMT 3.5
TND 2.959939
TOP 2.342104
TRY 42.19092
TTD 6.773954
TWD 30.993002
TZS 2459.807003
UAH 42.066455
UGX 3491.096532
UYU 39.813947
UZS 12025.000204
VES 227.27225
VND 26315
VUV 122.169446
WST 2.82328
XAF 569.234174
XAG 0.020761
XAU 0.000251
XCD 2.70255
XCG 1.801686
XDR 0.70875
XOF 569.500034
XPF 103.489719
YER 238.501488
ZAR 17.37665
ZMK 9001.194974
ZMW 22.61803
ZWL 321.999592
Líder do Exército não aceita negociar em 6º dia de combates no Sudão
Líder do Exército não aceita negociar em 6º dia de combates no Sudão / foto: © AFP

Líder do Exército não aceita negociar em 6º dia de combates no Sudão

O líder do Exército sudanês, Abdel Fatah al Burhan, descartou nesta quinta-feira (20) a negociação com o líder paramilitar, no sexto dia de combates que já deixaram centenas de mortos neste empobrecido país da África Ocidental.

Tamanho do texto:

Os confrontos eclodiram no último sábado (15) entre as forças leais ao general Burhan e as de seu ex-número dois, Mohamed Hamdan Daglo, chefe das Forças de Apoio Rápido (FAR).

"Não acredito que haja espaço para negociações políticas com as Forças de Apoio Rápido", disse o general Burhan à emissora Al-Jazeera, em seu primeiro pronunciamento desde o início do levante.

Se o general Daglo não abandonar sua tentativa de "querer controlar o país", será "esmagado militarmente", alertou o líder do Exército em entrevista por telefone ao canal catari.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os confrontos deixaram "mais de 330 mortos e 3.200 feridos".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu, nesta quinta (20), um cessar-fogo "de ao menos três dias" no Sudão por ocasião da celebração do Eid al Fitr, que marca o fim do Ramadã, o mês sagrado de jejum para os muçulmanos.

Guterres falou por telefone com o general Burhan, que também recebeu ligações dos presidentes do Sudão do Sul e da Turquia, do primeiro-ministro etíope e dos chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Catar, informaram os militares sudaneses.

Os Estados Unidos também anunciaram que enviaram reforços militares para a região para auxiliar na eventual retirada de seus diplomatas que ainda estão em Cartum.

- "Cheiro de morte" -

Até o momento, milhares de pessoas fugiram de Cartum para escapar de bombardeios, tiroteios e confrontos.

"Em alguns bairros do centro, o cheiro é de morte e cadáveres", descreveu um morador da capital, enquanto se dirigia para uma área mais tranquila.

"Às quatro e meia da manhã, fomos acordados pelo barulho dos ataques aéreos. Fechamos todas as portas e janelas com medo de uma bala perdida", disse à AFP outro morador de Cartum, Nazek Abdallah, de 38 anos.

Muitos moradores não tiveram escolha a não ser fugir a pé, já que o preço da gasolina disparou: um litro de combustível agora custa US$ 10 (R$ 50,80), em um dos países mais pobres do mundo.

Além disso, tiveram de abrir caminho entre os cadáveres caídos na beira das ruas, os tanques e caminhões carbonizados e evitar as áreas mais perigosas da cidade, de onde subiam espessas colunas de fumaça preta.

"As crianças estão abrigadas em escolas e creches, enquanto os combates se intensificam ao seu redor, e os hospitais infantis tiveram que ser evacuados, com os bombardeios próximos", alertou o UNICEF.

De acordo com a Agência da ONU para Refugiados presente na fronteira, entre 10.000 e 20.000 sudaneses fugiram para o país vizinho Chade.

"A maioria das pessoas que chegam são mulheres e crianças", disse a organização em um comunicado divulgado nesta quinta-feira.

- Tréguas violadas -

Desde que a luta pelo poder, há semanas latente entre os dois generais, degenerou em uma batalha campal no sábado, a confusão é total para os 45 milhões de sudaneses. Ambos os lados continuam prometendo tréguas que nunca são respeitadas.

Nas ruas cobertas de entulho, é impossível saber quem controla as principais instituições do país.

A Força Aérea, que tem como alvo as bases e as posições das FAR espalhadas por zonas povoadas de Cartum, não hesita em lançar bombas, às vezes sobre hospitais, segundo médicos.

Em cinco dias, "70% dos 74 hospitais de Cartum e das áreas afetadas pelos combates ficaram fora de serviço", segundo um sindicato de médicos.

Várias organizações humanitárias tiveram de suspender sua ajuda, crucial em um país onde mais de uma em cada três pessoas passa fome em tempos normais.

Em meio a esse caos, o Egito conseguiu, graças à mediação dos Emirados Árabes Unidos, retirar 177 de seus soldados que estavam em uma base aérea do norte do Sudão, segundo os dois países.

Outros 27 soldados egípcios, capturados pelos paramilitares, foram entregues à Cruz Vermelha sudanesa e esperam sua repatriação, disse o exército do Egito.

- Violência sexual e saques -

Três funcionários do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU morreram em Darfur. As Nações Unidas também denunciaram "saques" de seus estoques e "ataques" contra seu pessoal, inclusive sexuais.

A explosão de violência do sábado resulta das profundas divisões entre o Exército e as FAR, criadas em 2013 pelo líder autocrático deposto Omar al Bashir.

Burhan e Daglo derrubaram Al Bashir em abril de 2019, após protestos multitudinários contra suas três décadas de governo.

Em outubro de 2021, os dois lideraram um golpe contra o governo civil instalado após a saída de Al Bashir e puseram fim a uma transição apoiada pela comunidade internacional.

C.Smith--ThChM