The China Mail - Carro chinês e férias na Venezuela, a nova vida de parte da classe média russa

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Carro chinês e férias na Venezuela, a nova vida de parte da classe média russa
Carro chinês e férias na Venezuela, a nova vida de parte da classe média russa / foto: © AFP

Carro chinês e férias na Venezuela, a nova vida de parte da classe média russa

Sergei e Maria moram perto de Moscou, usam um carro chinês, compram queijo produzido na Rússia e passam as férias na Venezuela. Para eles, as sanções ocidentais em retaliação à campanha militar na Ucrânia não são "nenhuma tragédia".

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Recentemente, eles reformaram seu modesto apartamento de dois quartos em Mitishchi, uma cidade de 300.000 habitantes ao nordeste da capital, onde vivem com seus três filhos, dois gatos e um cachorro. A geladeira, de fabricação chinesa, está cheia de produtos russos.

As primeiras sanções econômicas ocidentais contra a Rússia datam de 2014, quando Moscou anexou a península ucraniana da Crimeia, e foram consideravelmente reforçadas após o início da ofensiva na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Para os russos, as sanções resultaram no desaparecimento de muitos produtos ocidentais. Ao mesmo tempo, viajar para a UE e para outros países aliados da Ucrânia tornou-se caro e complicado.

Contudo, muitos países da Ásia, da América Latina e da África decidiram não impor sanções, o que resultou em um alívio para a economia russa.

E uma parte da população parece ter se acomodado à nova situação econômica.

Maria Tiabut, 43 anos, funcionária de uma empresa de cosméticos, diz que tem pouco interesse em política e nem se lembra quando as sanções entraram em vigor. "Foi durante a pandemia?", pergunta.

"Não é uma tragédia que as marcas europeias e ocidentais tenham desaparecido", diz seu marido, Sergei Duzhikov, 31 anos, agente funerário. Os russos podem se virar perfeitamente bem sem essas marcas", acrescenta.

Há dois anos, após um acidente de carro, ele se lembra de ter esperado três meses pelas peças necessárias para consertar seu Kia por causa das sanções.

"Naquele momento, percebi que tinha que substituir meu carro coreano por um chinês", explica.

Juntos, Sergei e Maria ganham cerca de 300.000 rublos por mês, o equivalente a 3.800 dólares (20,5 mil reais na cotação atual), o que está acima da média nacional.

No entanto, para comprar um carro novo, eles tiveram que pedir dinheiro emprestado.

- Camembert russo-

"O McDonald's não existe mais. Mas 'Vkusno i tochka' funciona tão bem quanto. As crianças adoram", diz Sergei.

A rede local assumiu o controle de centenas de restaurantes da franquia americana, que, como muitas outras empresas ocidentais, deixou a Rússia após o ataque à Ucrânia, sob sua própria marca em 2022.

"Na vida cotidiana, com minha família, no trabalho ou em meus momentos de lazer, não sinto as sanções", diz Maria.

Ela reconhece que alguns produtos desapareceram, como, por exemplo, os medicamentos. Mas espera que a indústria russa assuma o controle e os produza.

Em outra área, Maria confessa seu fraco por queijo camembert... produzido na Rússia.

"É muito bom. Eu não provei o verdadeiro camembert francês, então não posso comparar. Mas este corresponde totalmente ao que eu gosto", diz.

- Venezuela, país amigo -

Apesar das sanções, alguns produtos ocidentais que são muito populares na Rússia são importados por meio de outros países. Uma rota mais longa, o que também significa preços mais elevados.

Paralelamente, a Rússia cultiva relações comerciais com países como Belarus e os Estados do Cáucaso, que fornecem frutas, legumes e laticínios.

O mesmo se aplica às viagens turísticas.

A Europa, que já foi um destino muito procurado pelos turistas russos, tornou-se difícil de alcançar, com o desaparecimento dos voos diretos e as dificuldades para obter um visto.

Assim, Maria e Sergei optaram por fazer turismo na própria Rússia ou na Venezuela, um país parceiro que eles descrevem como "um povo muito amigável, onde os russos são apreciados".

Nenhum deles está muito preocupado com a inflação, que está próxima de 10% e é alimentada pelos altos gastos militares e pelo efeito das sanções. O fato é que o Estado obriga as empresas a levar em conta os aumentos de preços ao ajustar os salários.

"Inflação tem no mundo todo", diz Maria.

A.Kwok--ThChM