The China Mail - Comunidade judaica argentina acompanha atentamente julgamento sobre atentado de 1994

USD -
AED 3.6725
AFN 66.435741
ALL 83.53057
AMD 382.564976
ANG 1.789982
AOA 916.999867
ARS 1410.006297
AUD 1.531558
AWG 1.8075
AZN 1.687314
BAM 1.689442
BBD 2.013285
BDT 122.056035
BGN 1.688405
BHD 0.377062
BIF 2946.89287
BMD 1
BND 1.301505
BOB 6.907037
BRL 5.272198
BSD 0.999603
BTN 88.487984
BWP 13.358845
BYN 3.408255
BYR 19600
BZD 2.010435
CAD 1.401575
CDF 2200.000122
CHF 0.800465
CLF 0.023863
CLP 936.129844
CNY 7.11965
CNH 7.12146
COP 3758.53
CRC 502.133614
CUC 1
CUP 26.5
CVE 95.247762
CZK 20.938304
DJF 177.720245
DKK 6.44668
DOP 64.284573
DZD 130.251953
EGP 47.192595
ERN 15
ETB 153.590432
EUR 0.863303
FJD 2.278047
FKP 0.760151
GBP 0.76045
GEL 2.704974
GGP 0.760151
GHS 10.945355
GIP 0.760151
GMD 73.496899
GNF 8676.948858
GTQ 7.662008
GYD 209.102845
HKD 7.77205
HNL 26.297763
HRK 6.503198
HTG 130.815611
HUF 332.396503
IDR 16701.9
ILS 3.221505
IMP 0.760151
INR 88.46675
IQD 1309.44617
IRR 42112.490753
ISK 126.560229
JEP 0.760151
JMD 160.435014
JOD 0.70896
JPY 154.108503
KES 129.250003
KGS 87.45024
KHR 4018.451013
KMF 421.000366
KPW 899.978423
KRW 1461.890624
KWD 0.30707
KYD 0.83306
KZT 524.69637
LAK 21702.399668
LBP 89515.401759
LKR 304.156661
LRD 182.929357
LSL 17.153914
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.454946
MAD 9.275395
MDL 16.96353
MGA 4487.500648
MKD 53.107696
MMK 2099.547411
MNT 3580.914225
MOP 8.003559
MRU 39.664324
MUR 45.890073
MVR 15.404987
MWK 1733.324119
MXN 18.323503
MYR 4.137499
MZN 63.950354
NAD 17.15384
NGN 1436.389713
NIO 36.789731
NOK 10.05284
NPR 141.580429
NZD 1.768515
OMR 0.384503
PAB 0.999603
PEN 3.366187
PGK 4.287078
PHP 58.925012
PKR 282.655788
PLN 3.65375
PYG 7054.717902
QAR 3.65382
RON 4.388203
RSD 101.160095
RUB 80.949339
RWF 1452.412625
SAR 3.75048
SBD 8.237372
SCR 13.890951
SDG 600.502457
SEK 9.45525
SGD 1.30104
SHP 0.750259
SLE 23.203468
SLL 20969.499529
SOS 571.238533
SRD 38.574037
STD 20697.981008
STN 21.163381
SVC 8.746917
SYP 11056.693449
SZL 17.147522
THB 32.390297
TJS 9.226457
TMT 3.5
TND 2.950348
TOP 2.342104
TRY 42.24467
TTD 6.778329
TWD 30.978395
TZS 2453.107292
UAH 41.983562
UGX 3558.903305
UYU 39.778347
UZS 11985.332544
VES 230.803902
VND 26315
VUV 122.395188
WST 2.82323
XAF 566.623188
XAG 0.019487
XAU 0.000241
XCD 2.70255
XCG 1.801565
XDR 0.705352
XOF 566.620741
XPF 103.017712
YER 238.501353
ZAR 17.174102
ZMK 9001.202396
ZMW 22.51611
ZWL 321.999592
Comunidade judaica argentina acompanha atentamente julgamento sobre atentado de 1994
Comunidade judaica argentina acompanha atentamente julgamento sobre atentado de 1994 / foto: © AFP

Comunidade judaica argentina acompanha atentamente julgamento sobre atentado de 1994

Em solenidade pelo atentado de 1994 à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), o pior da história da Argentina, a comunidade judaica espera cautelosamente encerrar um capítulo doloroso com a perspectiva de um julgamento à revelia e acolhe com prudência o apoio do presidente Javier Milei a Israel.

Tamanho do texto:

Em 18 de julho de 1994, um carro-bomba destruiu a sede da Amia, em Buenos Aires, deixando 85 mortos e mais de 300 feridos. Dois anos antes, outra explosão já havia atingido a embaixada de Israel, causando 29 mortes e ferindo mais de 200 pessoas.

Nesta sexta-feira (18), centenas de pessoas se reuniram em um ato na entrada da Amia para homenagear as vítimas e pedir justiça. O lema deste ano foi: "A impunidade continua, o terrorismo também", na segunda participação de Milei no evento como presidente.

Os acusados nunca foram julgados. Em 2024, a Justiça argentina apontou o Irã e o movimento libanês Hezbollah como responsáveis pelo ataque e, em junho de 2025, um juiz autorizou um julgamento à revelia contra dez acusados iranianos e libaneses.

Esse julgamento, ainda sem data marcada, será possível graças a uma nova lei aprovada em março, que permite esse tipo de processo para crimes graves.

A Amia apoia a realização do julgamento, mas com ressalvas: "Que a lei seja aplicada é a postura da Amia, mas com um rigor e um cuidado super extremos", declarou o advogado institucional da entidade, Miguel Bronfman, à rádio local Radio Mitre.

"Fazer um julgamento que depois termine (...) com alguma nulidade, com alguma declaração de inconstitucionalidade, seria novamente muito penoso para todos", observou Bronfman.

A organização Memoria Activa, formada por familiares das vítimas, considerou que o julgamento à revelia "não é tolerável nem muito menos homologável", por considerar "fundamental que os acusados participem" do processo. A posição foi registrada em um documento apresentado à Justiça ao qual a AFP teve acesso.

Ambas as organizações vêm sendo duramente críticas ao Estado argentino pela forma como o caso tem sido conduzido. Em junho de 2024, a Corte Interamericana de Direitos Humanos concluiu que a Argentina é responsável por falhas na prevenção e investigação do atentado.

– Milei e o judaísmo –

As críticas ao Estado no caso Amia coexistem com a aproximação de Javier Milei ao judaísmo e seu firme apoio a Israel, país para o qual já fez duas viagens desde que assumiu a presidência. Em ambas, anunciou que transferirá a embaixada argentina para Jerusalém.

Católico de origem, Milei se aproximou do judaísmo nos últimos anos, embora não tenha se convertido formalmente.

Essa relação gera adesão dentro da comunidade. "Ele está fazendo o que é correto do ponto de vista geopolítico e moral", declarou à AFP o economista Alan Zuchovicki, que valoriza o apoio do presidente a Israel, especialmente em meio à guerra em Gaza.

Mas para outros, como o sociólogo Kevin Ary Levin, a postura de Milei preocupa por deixar "a comunidade judaica demasiadamente exposta" à percepção de que o presidente estaria "colocando, entre aspas, os interesses judeus acima do interesse nacional".

No ano passado, Milei descartou qualquer risco decorrente de sua estreita aliança com Israel. "Já estamos no mapa [de possíveis ataques]", afirmou em entrevista em 2024. "A diferença é se somos covardes ou se nos colocamos do lado do bem", completou.

– Risco de antissemitismo –

O atentado contra a Amia foi o maior ataque terrorista da história argentina e um golpe direto na alma da comunidade judaica, a maior da América Latina, com cerca de 300 mil pessoas — a maioria residente em Buenos Aires.

"Trata-se de uma comunidade bem integrada à sociedade [argentina] e identificada com ela", escreve Enrique Herszkowich no livro História da Comunidade Judaica Argentina.

É um grupo que, salvo exceções, nunca enfrentou hostilidade generalizada no país sul-americano, diferentemente de outras regiões do mundo. No entanto, desde a posse de Milei, alguns membros relatam temores — e até episódios — de aumento do antissemitismo.

"Duas semanas atrás, minha irmã pegou um táxi e o motorista disse: 'Milei é um judeu de merda, quem manda nele são os judeus'. Ela desceu do táxi — algo assim nunca tinha acontecido com ela", contou Levin.

Z.Ma--ThChM