The China Mail - 2023 provavelmente será o ano mais quente da história

USD -
AED 3.67302
AFN 70.000054
ALL 84.349866
AMD 383.820075
ANG 1.789699
AOA 917.000301
ARS 1371.506083
AUD 1.556275
AWG 1.8025
AZN 1.703435
BAM 1.708921
BBD 2.018218
BDT 122.195767
BGN 1.713604
BHD 0.37697
BIF 2942.5
BMD 1
BND 1.297101
BOB 6.907097
BRL 5.5997
BSD 0.999672
BTN 87.54407
BWP 13.649927
BYN 3.271194
BYR 19600
BZD 2.00782
CAD 1.387145
CDF 2890.000253
CHF 0.816505
CLF 0.024812
CLP 973.379906
CNY 7.20045
CNH 7.22053
COP 4186.71
CRC 505.122436
CUC 1
CUP 26.5
CVE 95.950165
CZK 21.513299
DJF 177.719816
DKK 6.53923
DOP 60.999825
DZD 130.941154
EGP 48.629701
ERN 15
ETB 138.189175
EUR 0.876255
FJD 2.27485
FKP 0.756365
GBP 0.759525
GEL 2.698038
GGP 0.756365
GHS 10.436401
GIP 0.756365
GMD 72.498365
GNF 8674.999742
GTQ 7.676882
GYD 209.126455
HKD 7.849915
HNL 26.35009
HRK 6.601301
HTG 131.169313
HUF 350.169974
IDR 16518.5
ILS 3.415745
IMP 0.756365
INR 87.457501
IQD 1310
IRR 42112.500092
ISK 124.602851
JEP 0.756365
JMD 159.943729
JOD 0.709006
JPY 150.527503
KES 129.199706
KGS 87.449577
KHR 4014.999697
KMF 431.499735
KPW 899.980278
KRW 1405.630155
KWD 0.30613
KYD 0.832958
KZT 539.837043
LAK 21579.999767
LBP 89549.999753
LKR 302.068634
LRD 200.99981
LSL 18.01024
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.414981
MAD 9.104004
MDL 17.212259
MGA 4430.000287
MKD 53.918885
MMK 2098.469766
MNT 3591.435698
MOP 8.082308
MRU 39.819718
MUR 46.830536
MVR 15.402246
MWK 1736.497294
MXN 18.94327
MYR 4.279754
MZN 63.960199
NAD 18.009881
NGN 1531.319772
NIO 36.749828
NOK 10.349185
NPR 140.070338
NZD 1.704086
OMR 0.384499
PAB 0.999585
PEN 3.568999
PGK 4.13025
PHP 58.266023
PKR 283.250566
PLN 3.750685
PYG 7486.402062
QAR 3.64075
RON 4.448096
RSD 102.677999
RUB 80.198911
RWF 1440
SAR 3.751287
SBD 8.244163
SCR 14.684383
SDG 600.502706
SEK 9.811485
SGD 1.298465
SHP 0.785843
SLE 23.000372
SLL 20969.503947
SOS 571.502829
SRD 36.815499
STD 20697.981008
STN 21.925
SVC 8.746368
SYP 13001.991551
SZL 18.010433
THB 32.828967
TJS 9.425981
TMT 3.51
TND 2.880275
TOP 2.342102
TRY 40.669799
TTD 6.786518
TWD 29.953303
TZS 2565.000042
UAH 41.696586
UGX 3583.302388
UYU 40.0886
UZS 12604.999953
VES 123.721575
VND 26212
VUV 120.138643
WST 2.771841
XAF 573.151008
XAG 0.027402
XAU 0.000304
XCD 2.70255
XCG 1.80154
XDR 0.69341
XOF 566.497322
XPF 104.924934
YER 240.649911
ZAR 18.2951
ZMK 9001.203721
ZMW 22.965115
ZWL 321.999592
2023 provavelmente será o ano mais quente da história
2023 provavelmente será o ano mais quente da história / foto: © AFP/Arquivos

2023 provavelmente será o ano mais quente da história

As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no hemisfério norte (junho-julho-agosto) foram as mais elevadas já registradas, anunciou nesta quarta-feira (6) o observatório europeu Copernicus, para o qual 2023 provavelmente será o ano mais quente da história.

Tamanho do texto:

"O colapso climático começou", lamentou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

"Nosso clima está implodindo mais rápido do que podemos enfrentar, com fenômenos meteorológicos extremos que afetam todos os cantos do planeta", afirmou em um comunicado. "Os cientistas alertam há muito tempo sobre as consequências de nossa dependência dos combustíveis fósseis", acrescentou.

Ondas de calor, secas, inundações e incêndios afetaram a Ásia, Europa e América do Norte durante o verão boreal, em proporções dramáticas e, em alguns casos, sem precedentes, com mortes e danos elevados para as economias e o meio ambiente.

O hemisfério sul, com recordes de calor em pleno inverno, também foi afetado.

- "120 mil anos" -

"A estação junho-julho-agosto 2023", que corresponde ao verão no hemisfério norte, "foi de longe a mais quente já registrada no mundo, com uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius", anunciou o Copernicus.

O resultado ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registrou um aumento das temperaturas médias do planeta devido à mudança climática provocada pela atividade humana. E superior - quase dois décimos - ao recorde anterior de 2019.

Julho foi o mês mais quente já registrado na história, e agora agosto tornou-se o segundo, detalhou o Copernicus.

E nos oito primeiros meses do ano, a temperatura média do planeta está "apenas 0,01°C atrás de 2016, o ano mais quente já registrado".

Mas o recorde deve cair em breve, levando em consideração as previsões meteorológicas e o retorno do fenômeno climático 'El Niño' no Oceano Pacífico, que resultará em mais aquecimento.

"Dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (...) que a humanidade já conheceu", declarou à AFP Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática (C3S) do Copernicus.

A base de dados de Copernicus remonta a 1940, mas pode ser comparada com o clima dos milênios anteriores, estabelecido graças aos anéis das árvores e aos núcleos de gelo, e sintetizado no relatório mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.

A partir desta base de dados, "os três meses que acabamos de vivenciar foram os mais quentes em quase 120 mil anos, ou seja, desde o início da história da humanidade", afirmou Burgess.

- Superaquecimento dos oceanos -

Apesar de três anos consecutivos de 'La Niña', fenômeno inverso ao 'El Niño' que compensa parcialmente o aquecimento, o período 2015-2022 foi o mais quente já registrado.

O superaquecimento dos oceanos, que continuam absorvendo 90% do excesso de calor provocado pela atividade humana desde o início da era industrial, tem um papel crucial no processo.

Desde abril, a temperatura média de superfície dos oceanos registra níveis de calor inéditos.

"De 31 de julho a 31 de agosto, esta temperatura superou todos os dias o recorde anterior, de março 2016", destacou o Copernicus, atingindo a marca simbólica inédita de 21°C, muito acima de todos os números registrados até então.

"O aquecimento dos oceanos leva ao aquecimento da atmosfera e ao aumento da umidade, o que provoca chuvas mais intensas e um aumento da energia disponível para os ciclones tropicais", alerta Burgess.

O superaquecimento também afeta a biodiversidade: "Há menos nutrientes no oceano (...) e menos oxigênio, o que ameaça a sobrevivência da fauna e da flora".

"As temperaturas seguirão aumentando enquanto não fecharmos a torneira das emissões", procedentes em grande parte da combustão de carvão, petróleo e gás, conclui a cientista.

U.Feng--ThChM