The China Mail - Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

USD -
AED 3.672497
AFN 69.999824
ALL 84.350005
AMD 383.819595
ANG 1.789699
AOA 916.999626
ARS 1371.512118
AUD 1.553215
AWG 1.8025
AZN 1.703721
BAM 1.708921
BBD 2.018218
BDT 122.195767
BGN 1.713402
BHD 0.377023
BIF 2942.5
BMD 1
BND 1.297101
BOB 6.907097
BRL 5.599897
BSD 0.999672
BTN 87.54407
BWP 13.649927
BYN 3.271194
BYR 19600
BZD 2.00782
CAD 1.385325
CDF 2890.000119
CHF 0.81342
CLF 0.024812
CLP 973.379545
CNY 7.20045
CNH 7.215245
COP 4186.71
CRC 505.122436
CUC 1
CUP 26.5
CVE 95.949786
CZK 21.52195
DJF 177.72007
DKK 6.53716
DOP 60.999632
DZD 130.924652
EGP 48.57532
ERN 15
ETB 138.197463
EUR 0.87579
FJD 2.271803
FKP 0.753407
GBP 0.757535
GEL 2.70093
GGP 0.753407
GHS 10.502932
GIP 0.753407
GMD 72.505525
GNF 8674.999949
GTQ 7.676882
GYD 209.126455
HKD 7.849925
HNL 26.350227
HRK 6.600697
HTG 131.169313
HUF 350.282046
IDR 16481.25
ILS 3.392025
IMP 0.753407
INR 87.623851
IQD 1310
IRR 42112.510995
ISK 124.529709
JEP 0.753407
JMD 159.943729
JOD 0.709047
JPY 150.687501
KES 129.502406
KGS 87.450282
KHR 4015.00011
KMF 431.497487
KPW 899.943686
KRW 1398.930138
KWD 0.306151
KYD 0.832958
KZT 539.837043
LAK 21580.000268
LBP 89550.000235
LKR 302.068634
LRD 200.999622
LSL 18.009872
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.414977
MAD 9.104002
MDL 17.212259
MGA 4430.00011
MKD 53.918885
MMK 2099.176207
MNT 3589.345014
MOP 8.082308
MRU 39.819728
MUR 46.650251
MVR 15.390753
MWK 1736.512585
MXN 18.876198
MYR 4.277499
MZN 63.960487
NAD 18.009593
NGN 1530.450049
NIO 36.750084
NOK 10.33181
NPR 140.070338
NZD 1.699745
OMR 0.384502
PAB 0.999585
PEN 3.568984
PGK 4.13025
PHP 58.3145
PKR 283.249737
PLN 3.745258
PYG 7486.402062
QAR 3.64075
RON 4.443988
RSD 102.596018
RUB 81.102213
RWF 1440
SAR 3.751238
SBD 8.244163
SCR 14.145032
SDG 600.49551
SEK 9.79465
SGD 1.298035
SHP 0.785843
SLE 22.999699
SLL 20969.503947
SOS 571.496651
SRD 36.815498
STD 20697.981008
STN 21.925
SVC 8.746368
SYP 13001.531245
SZL 18.010081
THB 32.798011
TJS 9.425981
TMT 3.51
TND 2.879709
TOP 2.342102
TRY 40.667005
TTD 6.786518
TWD 29.949009
TZS 2570.000301
UAH 41.696586
UGX 3583.302388
UYU 40.0886
UZS 12604.999807
VES 123.721575
VND 26211
VUV 119.302744
WST 2.758516
XAF 573.151008
XAG 0.027315
XAU 0.000304
XCD 2.70255
XCG 1.80154
XDR 0.69341
XOF 566.508796
XPF 104.925036
YER 240.65047
ZAR 18.215055
ZMK 9001.205074
ZMW 22.965115
ZWL 321.999592
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento / foto: © AFP

Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

O Líbano recorda nesta sexta-feira (4) o terceiro aniversário da explosão mortal no porto de Beirute sem muitas esperanças de um dia elucidar a verdade por trás da tragédia e julgar os responsáveis, em um cenário de pressão política que bloqueia o processo judicial.

Tamanho do texto:

Em 4 de agosto de 2020, às 18H07, uma das maiores explosões não nucleares da história destruiu bairros inteiros da capital libanesa. Mais de 220 pessoas morreram e mais de 6.500 ficaram feridas.

A explosão foi provocada por um incêndio em um depósito que armazenava, sem as precauções necessárias, toneladas de nitrato de amônio, apesar das advertências aos gerentes do local.

A associação de famílias das vítimas, que luta há três anos para conseguir justiça, convocou uma manifestação para a área do porto.

"É um dia de luto e protesto contra o Estado libanês, que politiza nossa causa e interfere na ação da justiça", declarou à AFP Rima Zahed, que perdeu o irmão Amine, funcionário do porto, na tragédia.

"Três anos depois da explosão, a justiça está bloqueada e a verdade, dissimulada. Nenhuma das pessoas investigadas está na prisão", acrescentou.

As autoridades libanesas rejeitaram os pedidos das famílias por uma investigação internacional e são acusadas de obstruir os inquéritos da justiça local, em um país marcado por profundas divisões políticas e em colapso econômico.

- "Criminosos" -

"Estamos cansados. Não conseguimos fazer nada para que estes criminosos prestem contas", declarou Zahed.

O primeiro juiz responsável pelo caso em 2020 desistiu do processo depois de acusar o ex-primeiro-ministro Hassan Diab e mais três ministros.

Seu sucessor, Tarek Bitar, também investigou líderes políticos, mas o Parlamento se recusou a suspender a imunidade de alguns deputados acusados, o ministério do Interior não aceitou o interrogatório de funcionários de alto escalão e as forças de segurança se negaram a executar as ordens de detenção.

Bitar foi obrigado a suspender a investigação durante 13 meses devido a dezenas de ações judiciais apresentadas contra ele por líderes políticos.

Ele retomou o trabalho em janeiro para surpresa de todos, mas em seguida foi denunciado por insubordinação pelo procurador-geral por acusar várias personalidades do alto escalão do governo.

O procurador também ordenou a libertação de 17 pessoas detidas sem julgamento após a explosão gigantesca.

- Cultura de impunidade -

Em dois anos e meio, o juiz Bitar conseguiu trabalhar durante seis meses, período em que enfrentou muitas pressões que provocaram uma crise sem precedentes no sistema judicial.

Embora não tenha entrado no Palácio de Justiça nos últimos meses, a investigação "continua", informou à AFP um analista do Judiciário que pediu anonimato por razões de segurança.

O analista, que acompanha a investigação, afirmou que o juiz Bitar está determinado a seguir com o trabalho até redigir um documento de acusação, como prometeu às famílias das vítimas.

"Estamos convencidos de que vamos chegar à verdade, porque a verdade não morre enquanto é exigida", disse Rima Zahed.

Quase 300 ONGs e as famílias das vítimas voltaram a pedir na quinta-feira a criação de uma comissão de investigação internacional.

"Uma ação internacional é necessária para romper a cultura da impunidade no Líbano", declarou Ramzi Kaiss, da Human Rights Watch.

"As autoridades usaram todos os meios a sua disposição para minar e obstruir, sem vergonha, a investigação nacional com o objetivo de evitar a prestação de contas", lamentou parte Aya Majzoub, diretora regional adjunta da Anistia Internacional.

S.Davis--ThChM