The China Mail - Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

USD -
AED 3.67303
AFN 71.021929
ALL 86.757891
AMD 388.845938
ANG 1.80229
AOA 916.000152
ARS 1164.969402
AUD 1.563575
AWG 1.8025
AZN 1.699903
BAM 1.718274
BBD 2.002838
BDT 121.45998
BGN 1.718722
BHD 0.376901
BIF 2973.111879
BMD 1
BND 1.309923
BOB 6.907155
BRL 5.629302
BSD 0.999627
BTN 85.145488
BWP 13.647565
BYN 3.271381
BYR 19600
BZD 2.008021
CAD 1.38375
CDF 2877.999688
CHF 0.82502
CLF 0.024644
CLP 945.690419
CNY 7.2695
CNH 7.26379
COP 4197
CRC 505.357119
CUC 1
CUP 26.5
CVE 96.873243
CZK 21.913007
DJF 178.012449
DKK 6.56434
DOP 58.908545
DZD 132.506973
EGP 50.830387
ERN 15
ETB 133.81045
EUR 0.879315
FJD 2.26045
FKP 0.7464
GBP 0.74825
GEL 2.745003
GGP 0.7464
GHS 14.294876
GIP 0.7464
GMD 71.493572
GNF 8658.065706
GTQ 7.698728
GYD 209.76244
HKD 7.755985
HNL 25.941268
HRK 6.626602
HTG 130.799
HUF 355.78598
IDR 16604.5
ILS 3.63085
IMP 0.7464
INR 84.718998
IQD 1309.571398
IRR 42100.000132
ISK 128.501257
JEP 0.7464
JMD 158.35182
JOD 0.709302
JPY 142.965978
KES 129.303281
KGS 87.449891
KHR 4001.774662
KMF 432.249903
KPW 899.962286
KRW 1421.72029
KWD 0.30645
KYD 0.833044
KZT 511.344318
LAK 21622.072771
LBP 89567.707899
LKR 299.446072
LRD 199.931473
LSL 18.549157
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.468994
MAD 9.272737
MDL 17.203829
MGA 4511.41031
MKD 54.099795
MMK 2099.391763
MNT 3573.279231
MOP 7.98763
MRU 39.575655
MUR 45.160278
MVR 15.401455
MWK 1733.40069
MXN 19.541545
MYR 4.316021
MZN 64.009932
NAD 18.549157
NGN 1603.030168
NIO 36.785022
NOK 10.34937
NPR 136.237321
NZD 1.68802
OMR 0.385001
PAB 0.999613
PEN 3.664973
PGK 4.141482
PHP 55.812501
PKR 280.826287
PLN 3.761865
PYG 8005.376746
QAR 3.644223
RON 4.377703
RSD 102.966435
RUB 81.699287
RWF 1428.979332
SAR 3.750962
SBD 8.361298
SCR 14.237297
SDG 600.495489
SEK 9.647775
SGD 1.30587
SHP 0.785843
SLE 22.749861
SLL 20969.483762
SOS 571.328164
SRD 36.849748
STD 20697.981008
SVC 8.746876
SYP 13001.4097
SZL 18.542907
THB 33.39298
TJS 10.555936
TMT 3.51
TND 2.990231
TOP 2.342098
TRY 38.50317
TTD 6.782431
TWD 31.975399
TZS 2694.999935
UAH 41.530014
UGX 3663.550745
UYU 42.090559
UZS 12943.724275
VES 86.54811
VND 26005
VUV 120.409409
WST 2.768399
XAF 576.298184
XAG 0.030881
XAU 0.000305
XCD 2.70255
XDR 0.71673
XOF 576.29312
XPF 104.776254
YER 245.050045
ZAR 18.627305
ZMK 9001.197478
ZMW 27.965227
ZWL 321.999592
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento / foto: © AFP

Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

O Líbano recorda nesta sexta-feira (4) o terceiro aniversário da explosão mortal no porto de Beirute sem muitas esperanças de um dia elucidar a verdade por trás da tragédia e julgar os responsáveis, em um cenário de pressão política que bloqueia o processo judicial.

Tamanho do texto:

Em 4 de agosto de 2020, às 18H07, uma das maiores explosões não nucleares da história destruiu bairros inteiros da capital libanesa. Mais de 220 pessoas morreram e mais de 6.500 ficaram feridas.

A explosão foi provocada por um incêndio em um depósito que armazenava, sem as precauções necessárias, toneladas de nitrato de amônio, apesar das advertências aos gerentes do local.

A associação de famílias das vítimas, que luta há três anos para conseguir justiça, convocou uma manifestação para a área do porto.

"É um dia de luto e protesto contra o Estado libanês, que politiza nossa causa e interfere na ação da justiça", declarou à AFP Rima Zahed, que perdeu o irmão Amine, funcionário do porto, na tragédia.

"Três anos depois da explosão, a justiça está bloqueada e a verdade, dissimulada. Nenhuma das pessoas investigadas está na prisão", acrescentou.

As autoridades libanesas rejeitaram os pedidos das famílias por uma investigação internacional e são acusadas de obstruir os inquéritos da justiça local, em um país marcado por profundas divisões políticas e em colapso econômico.

- "Criminosos" -

"Estamos cansados. Não conseguimos fazer nada para que estes criminosos prestem contas", declarou Zahed.

O primeiro juiz responsável pelo caso em 2020 desistiu do processo depois de acusar o ex-primeiro-ministro Hassan Diab e mais três ministros.

Seu sucessor, Tarek Bitar, também investigou líderes políticos, mas o Parlamento se recusou a suspender a imunidade de alguns deputados acusados, o ministério do Interior não aceitou o interrogatório de funcionários de alto escalão e as forças de segurança se negaram a executar as ordens de detenção.

Bitar foi obrigado a suspender a investigação durante 13 meses devido a dezenas de ações judiciais apresentadas contra ele por líderes políticos.

Ele retomou o trabalho em janeiro para surpresa de todos, mas em seguida foi denunciado por insubordinação pelo procurador-geral por acusar várias personalidades do alto escalão do governo.

O procurador também ordenou a libertação de 17 pessoas detidas sem julgamento após a explosão gigantesca.

- Cultura de impunidade -

Em dois anos e meio, o juiz Bitar conseguiu trabalhar durante seis meses, período em que enfrentou muitas pressões que provocaram uma crise sem precedentes no sistema judicial.

Embora não tenha entrado no Palácio de Justiça nos últimos meses, a investigação "continua", informou à AFP um analista do Judiciário que pediu anonimato por razões de segurança.

O analista, que acompanha a investigação, afirmou que o juiz Bitar está determinado a seguir com o trabalho até redigir um documento de acusação, como prometeu às famílias das vítimas.

"Estamos convencidos de que vamos chegar à verdade, porque a verdade não morre enquanto é exigida", disse Rima Zahed.

Quase 300 ONGs e as famílias das vítimas voltaram a pedir na quinta-feira a criação de uma comissão de investigação internacional.

"Uma ação internacional é necessária para romper a cultura da impunidade no Líbano", declarou Ramzi Kaiss, da Human Rights Watch.

"As autoridades usaram todos os meios a sua disposição para minar e obstruir, sem vergonha, a investigação nacional com o objetivo de evitar a prestação de contas", lamentou parte Aya Majzoub, diretora regional adjunta da Anistia Internacional.

S.Davis--ThChM