The China Mail - 'Atenção, anta na via': projeto de aplicativo busca salvar animais nas estradas do país

USD -
AED 3.672497
AFN 70.501945
ALL 85.303098
AMD 383.75953
ANG 1.789623
AOA 917.000597
ARS 1182.255105
AUD 1.530925
AWG 1.8025
AZN 1.712179
BAM 1.688822
BBD 2.018142
BDT 122.249135
BGN 1.692105
BHD 0.377169
BIF 2942
BMD 1
BND 1.27971
BOB 6.921831
BRL 5.491799
BSD 0.999486
BTN 85.958163
BWP 13.345422
BYN 3.271062
BYR 19600
BZD 2.007728
CAD 1.356965
CDF 2876.999983
CHF 0.813099
CLF 0.024399
CLP 936.298376
CNY 7.17975
CNH 7.186355
COP 4100.5
CRC 503.844676
CUC 1
CUP 26.5
CVE 95.625009
CZK 21.465027
DJF 177.720393
DKK 6.45523
DOP 59.250081
DZD 130.197983
EGP 50.266797
ERN 15
ETB 134.297463
EUR 0.86548
FJD 2.24025
FKP 0.735417
GBP 0.73779
GEL 2.724974
GGP 0.735417
GHS 10.27501
GIP 0.735417
GMD 71.472936
GNF 8655.999923
GTQ 7.681581
GYD 209.114263
HKD 7.849675
HNL 26.150135
HRK 6.520197
HTG 130.801014
HUF 348.781498
IDR 16286
ILS 3.5039
IMP 0.735417
INR 86.23903
IQD 1310
IRR 42110.000208
ISK 124.270233
JEP 0.735417
JMD 159.534737
JOD 0.708968
JPY 144.908021
KES 129.149732
KGS 87.44999
KHR 4019.999676
KMF 425.485453
KPW 900.005137
KRW 1366.319667
KWD 0.30609
KYD 0.832934
KZT 512.565895
LAK 21677.499746
LBP 89600.000171
LKR 300.951131
LRD 199.650097
LSL 17.82027
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.424978
MAD 9.122496
MDL 17.092157
MGA 4434.999928
MKD 53.236825
MMK 2098.952839
MNT 3582.467491
MOP 8.081774
MRU 39.669972
MUR 45.409619
MVR 15.405013
MWK 1735.999848
MXN 18.949103
MYR 4.243999
MZN 63.950044
NAD 17.819736
NGN 1543.659905
NIO 36.298027
NOK 9.905165
NPR 137.533407
NZD 1.648301
OMR 0.384484
PAB 0.999503
PEN 3.602498
PGK 4.121898
PHP 56.733962
PKR 283.096439
PLN 3.69987
PYG 7973.439139
QAR 3.640499
RON 4.347603
RSD 101.461976
RUB 78.506082
RWF 1425
SAR 3.751833
SBD 8.347391
SCR 14.673549
SDG 600.519621
SEK 9.496025
SGD 1.28195
SHP 0.785843
SLE 22.224988
SLL 20969.503664
SOS 571.499323
SRD 38.740957
STD 20697.981008
SVC 8.745774
SYP 13001.896779
SZL 17.820043
THB 32.589503
TJS 10.125468
TMT 3.5
TND 2.922503
TOP 2.342097
TRY 39.376099
TTD 6.785398
TWD 29.516008
TZS 2587.931972
UAH 41.557366
UGX 3603.362447
UYU 40.870605
UZS 12730.000224
VES 102.166975
VND 26077.5
VUV 119.91429
WST 2.751779
XAF 566.420137
XAG 0.027492
XAU 0.000296
XCD 2.70255
XDR 0.70726
XOF 565.000227
XPF 103.600487
YER 242.949464
ZAR 17.823555
ZMK 9001.193978
ZMW 24.238499
ZWL 321.999592
'Atenção, anta na via': projeto de aplicativo busca salvar animais nas estradas do país
'Atenção, anta na via': projeto de aplicativo busca salvar animais nas estradas do país / foto: © AFP

'Atenção, anta na via': projeto de aplicativo busca salvar animais nas estradas do país

"Atenção, anta no perímetro próximo da via". Um projeto de aplicativo para motoristas visa reduzir, por meio da tecnologia de Inteligência Artificial (IA), os atropelamentos de animais selvagens no Brasil, principal ameaça a diversas espécies vulneráveis.

Tamanho do texto:

No Brasil, 475 milhões de animais morrem anualmente esmagados ou atropelados nas estradas, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia Rodoviária (CBEE) da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais.

Esse número contabiliza apenas animais vertebrados, desde pássaros e rãs até mamíferos. A capivara, o tatu e o gambá estão entre os mais atropelados.

"De 15 a 17 animais são atropelados a cada segundo nas nossas rodovias. E isso, na prática, se transforma no maior impacto direto à fauna que existe hoje no Brasil", afirma o coordenador do CBEE, Alex Bager.

Preocupado com essa realidade, Gabriel Souto Ferrante, aluno de mestrado em Ciência da Computação na Universidade de São Paulo (USP), desenvolve desde 2021 um sistema baseado em visão computacional para detectar espécies e alertar sobre sua presença no percurso.

O projeto, realizado em conjunto com o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, foi divulgado em janeiro pela revista Scientific Reports.

- Da onça-parda ao jaguarundi -

Souto identificou as cinco espécies de médio e grande porte que mais morrem quando atropeladas na vasta rede rodoviária do país. São elas anta, lobo-guará, onça-parda, jaguarundi e tamanduá-bandeira, todas com populações em declínio.

Ele criou um banco de dados com milhares de fotos para treinar seu modelo de IA.

Depois, realizou testes extensivos com um algoritmo de detecção de objetos em tempo real de alta precisão, chamado YOLO. E, por fim, as análises com imagens dos animais monitorados em movimento, que foram bem-sucedidas, segundo o pesquisador.

No entanto, mais testes são necessários para implementar esta tecnologia na prática. Mas, acima de tudo, é preciso "apoio dessas empresas que gerenciam as estradas", disse Souto, de 25 anos, à AFP.

O acesso a câmeras nas rotas e equipamentos de "computação de borda" (edge computing, processamento na própria origem ou próximo à geração de dados) também são necessários para enviar o sinal de alerta ao motorista e também à empresa concessionária, para que a empresa possa "fazer a remoção do animal e a captura do mesmo".

A tecnologia também melhoraria a segurança para os humanos, que muitas vezes são vítimas de acidentes devido a cruzamentos de animais.

- Corredores vegetais -

Para minimizar o efeito da fragmentação do habitat devido às estradas, várias estratégias foram implementadas no Brasil, explicou Bager à AFP.

A sinalização rodoviária tradicional que alerta para a possível presença de animais não convence os motoristas, que reduzem a velocidade em apenas 3% ao verem as placas.

Existem os chamados corredores ecológicos e pontes verdes, que podem ser passagens subterrâneas (para atravessar sob as rodovias) ou passarelas elevadas, às vezes cobertas com vegetação, troncos e cordas para incentivar a passagem dos animais.

"As passagens inferiores, em termos de medida de mitigação, são as mais difundidas hoje no Brasil. Nós temos depois duas passagens vegetadas, uma no Rio de Janeiro para o mico-leão-dourado e outra em São Paulo", explicou Bager.

Mas essa infraestrutura é insuficiente e o seu impacto é mínimo em um país de dimensão territorial gigantesca.

Em 2014, o especialista criou o Sistema Urubú, uma "rede social de consciência cidadã", que contou com mais de 50 mil pessoas que relatavam casos de atropelamentos à fauna silvestre em todo o território brasileiro.

As informações coletadas ajudaram a criar políticas públicas e inclusive um projeto de lei para garantir a circulação segura dos animais, que ainda aguarda votação no Congresso, disse.

Mas a falta de recursos financeiros obrigou-o a suspender a plataforma no ano passado.

No entanto, Bager não desiste e insiste nos esforços para reativá-la.

"Temos cada vez mais estradas, mais veículos e um número de animais atropelados que provavelmente continua crescendo", lamentou.

Y.Su--ThChM