The China Mail - 'Filmar tem algo de um ato de amor', diz cineasta espanhola Carla Simón em Cannes

USD -
AED 3.673055
AFN 69.503594
ALL 84.350172
AMD 383.84013
ANG 1.789699
AOA 917.000278
ARS 1319.988697
AUD 1.54605
AWG 1.8025
AZN 1.698789
BAM 1.695528
BBD 2.019931
BDT 122.652264
BGN 1.71135
BHD 0.377017
BIF 2942.5
BMD 1
BND 1.289721
BOB 6.912904
BRL 5.577295
BSD 1.000429
BTN 87.444679
BWP 13.523249
BYN 3.273935
BYR 19600
BZD 2.009545
CAD 1.38191
CDF 2889.99964
CHF 0.81237
CLF 0.02503
CLP 981.930029
CNY 7.176896
CNH 7.200895
COP 4188.5
CRC 505.767255
CUC 1
CUP 26.5
CVE 95.950157
CZK 21.492029
DJF 177.720535
DKK 6.52437
DOP 61.000177
DZD 130.675096
EGP 48.690704
ERN 15
ETB 138.200392
EUR 0.8742
FJD 2.26405
FKP 0.749719
GBP 0.753805
GEL 2.686468
GGP 0.749719
GHS 10.515562
GIP 0.749719
GMD 71.999855
GNF 8675.000089
GTQ 7.675736
GYD 209.303031
HKD 7.84983
HNL 26.350179
HRK 6.588598
HTG 131.278148
HUF 349.410974
IDR 16467.4
ILS 3.378945
IMP 0.749719
INR 87.59045
IQD 1310
IRR 42112.493099
ISK 124.309728
JEP 0.749719
JMD 160.078717
JOD 0.709015
JPY 148.747503
KES 129.498421
KGS 87.449656
KHR 4015.000344
KMF 431.503747
KPW 899.916557
KRW 1389.89021
KWD 0.30593
KYD 0.833727
KZT 543.834174
LAK 21580.000556
LBP 90510.565691
LKR 302.24403
LRD 200.999978
LSL 18.010175
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.414993
MAD 9.104022
MDL 17.067261
MGA 4429.999718
MKD 53.968518
MMK 2098.902778
MNT 3590.484358
MOP 8.089174
MRU 39.819496
MUR 46.749918
MVR 15.400185
MWK 1736.501691
MXN 18.8178
MYR 4.252502
MZN 63.960215
NAD 18.009614
NGN 1530.510099
NIO 36.749804
NOK 10.28478
NPR 139.9101
NZD 1.68689
OMR 0.384535
PAB 1.000438
PEN 3.568999
PGK 4.13025
PHP 58.372004
PKR 283.249959
PLN 3.732684
PYG 7492.815376
QAR 3.64075
RON 4.437801
RSD 102.433025
RUB 81.102529
RWF 1440
SAR 3.751164
SBD 8.244163
SCR 14.685244
SDG 600.487314
SEK 9.75701
SGD 1.29426
SHP 0.785843
SLE 23.000209
SLL 20969.503947
SOS 571.435724
SRD 36.670382
STD 20697.981008
STN 21.575
SVC 8.753321
SYP 13001.94935
SZL 18.009967
THB 32.703506
TJS 9.563891
TMT 3.51
TND 2.87971
TOP 2.342099
TRY 40.592398
TTD 6.788933
TWD 29.881979
TZS 2564.999832
UAH 41.765937
UGX 3586.538128
UYU 40.034504
UZS 12605.000023
VES 123.721575
VND 26210
VUV 119.475888
WST 2.757115
XAF 568.669132
XAG 0.026872
XAU 0.000303
XCD 2.70255
XCG 1.80294
XDR 0.69341
XOF 566.501827
XPF 104.925007
YER 240.650199
ZAR 17.97105
ZMK 9001.20203
ZMW 22.984061
ZWL 321.999592
'Filmar tem algo de um ato de amor', diz cineasta espanhola Carla Simón em Cannes
'Filmar tem algo de um ato de amor', diz cineasta espanhola Carla Simón em Cannes / foto: © AFP

'Filmar tem algo de um ato de amor', diz cineasta espanhola Carla Simón em Cannes

Com três longas-metragens e um Urso de Ouro do Festival de Berlim no currículo, a espanhola Carla Simón disputa a Palma de Ouro em Cannes com "Romería" (Romaria, em tradução livre), um filme sobre a recuperação da memória e a época da explosão da aids na Espanha.

Tamanho do texto:

A diretora de 38 anos se inspirou na história de sua família para fazer o filme. Seus pais, dependentes químicos de heroína, morreram de aids quando ela era apenas uma criança.

PERGUNTA: Como surgiu a ideia para "Romería"?

RESPOSTA: "Surgiu um pouquinho da frustração que senti ao tentar reconstruir a história dos meus pais e não conseguir fazê-lo de maneira saudável através dos relatos da minha família. Você se dá conta de que a memória, as histórias que têm a ver com essa época dos anos 1980, quando a heroína teve tanto impacto, estiveram um pouco enterradas. É difícil para as pessoas falar sobre elas.

Senti que certamente nunca conseguiria entender exatamente como era. Surgiu de abraçar essa capacidade do cinema de criar as imagens que não existem, incluindo as lembranças que sinto que nunca vão existir".

P: Como é o processo de trabalhar a partir das suas próprias vivências e recordações?

R: "O filme tem muita ficção, mas é verdade que parte das minhas próprias emoções. Para mim, era muito importante que o personagem fizesse essa viagem a partir da curiosidade, não da raiva. Muitas vezes esse filmes sobre a busca pelas próprias raízes são contadas a partir da raiva, porque houve como uma rejeição, uma falta de amor. Eu nunca senti isso, sempre tive amor na minha família adotiva. Por isso, sempre o fiz a partir da curiosidade e de não esperar nada, mas para entender algo sobre meus pais.

Quando se começa com um personagem que não tem um conflito, é um pouco antinarrativo, mas tinha vontade de contar isso a partir da luz e para enfatizar a importância que tem para todos, acredito, entender nossa história familiar e de onde viemos para que possamos criar nossa própria identidade".

P: O que trabalhar com as lembranças traz para você?

R: "Traz, sobretudo, uma conexão muito forte com o que está sendo contado em um nível emocional, que logo é refletido na tela de alguma maneira. Filmar tem algo de um ato de amor, sobretudo filmar pessoas que de alguma maneira te interessam. E como tudo isso tem a ver com a minha família... Essa conexão se transmite também para o espectador.

E é verdade que esses filmes me ajudam a crescer porque me fazem refletir muito sobre meu passado, minha família e poder ver a mesma história a partir de todos os pontos de vista".

P: Também é um retrato daquela época.

R: "Para mim, era muito importante e, de fato, um pouco o motivo também da existência do filme, de me dar conta de que não era só minha história, e sim de muita gente.

Depois da nossa longa ditadura, esse momento de eclosão de liberdade e de transição diplomática, que todos lembramos como uma época feliz, tinha esse lado B, a crise da heroína na Espanha, de como ninguém faz nada para pará-la. E foi devastador na Espanha, ou seja, foi o país com o índice mais alto de aids em toda a Europa.

Isto causou tanta dor nas famílias, essas perdas pelo tabu da heroína e da aids, que de alguma maneira essa memória foi enterrada e ficou como uma coisa de uma geração perdida. É bom recuperá-la porque, de alguma forma, também é uma memória histórica".

P: Com "Romería", você encerra uma trilogia de memórias familiares?

R: "Sinto como um encerramento. Explorei três ramos da minha família e foram explorações muito distintas. Agora tenho vontade de explorar novos mundos porque, afinal, o que o cinema permite também é isso: explorar coisas que de outra maneira não chegaríamos a conhecer nunca".

Y.Su--ThChM