The China Mail - Por que os países aceitam receber os deportados dos EUA?

USD -
AED 3.6725
AFN 66.340224
ALL 83.497923
AMD 382.610075
ANG 1.789982
AOA 917.000141
ARS 1420.256299
AUD 1.532567
AWG 1.805
AZN 1.699925
BAM 1.69053
BBD 2.013199
BDT 122.040081
BGN 1.690855
BHD 0.376982
BIF 2944.122948
BMD 1
BND 1.302343
BOB 6.932259
BRL 5.316974
BSD 0.999555
BTN 88.602015
BWP 13.376091
BYN 3.40751
BYR 19600
BZD 2.01026
CAD 1.402135
CDF 2150.000307
CHF 0.805285
CLF 0.024005
CLP 941.640297
CNY 7.11935
CNH 7.123085
COP 3768.48
CRC 501.851908
CUC 1
CUP 26.5
CVE 95.30992
CZK 20.99965
DJF 177.990604
DKK 6.458325
DOP 64.257098
DZD 130.495957
EGP 47.271397
ERN 15
ETB 153.488804
EUR 0.864902
FJD 2.280597
FKP 0.760102
GBP 0.759625
GEL 2.705022
GGP 0.760102
GHS 10.935116
GIP 0.760102
GMD 72.999944
GNF 8676.560839
GTQ 7.661756
GYD 209.11739
HKD 7.773645
HNL 26.298388
HRK 6.515202
HTG 130.865275
HUF 331.530503
IDR 16704.4
ILS 3.229565
IMP 0.760102
INR 88.71955
IQD 1309.430684
IRR 42100.000135
ISK 126.620265
JEP 0.760102
JMD 160.884767
JOD 0.709015
JPY 154.088045
KES 129.149929
KGS 87.450185
KHR 4014.123769
KMF 420.999783
KPW 900.001961
KRW 1455.08991
KWD 0.30712
KYD 0.832995
KZT 523.659906
LAK 21704.273866
LBP 89509.255218
LKR 303.946271
LRD 182.9175
LSL 17.178358
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.454184
MAD 9.253615
MDL 16.967539
MGA 4490.390392
MKD 53.184777
MMK 2099.688142
MNT 3580.599313
MOP 8.00287
MRU 39.691938
MUR 45.860328
MVR 15.405
MWK 1733.230185
MXN 18.40195
MYR 4.160364
MZN 63.95053
NAD 17.178358
NGN 1436.689945
NIO 36.778847
NOK 10.13227
NPR 141.763224
NZD 1.77414
OMR 0.384495
PAB 0.999555
PEN 3.373627
PGK 4.219862
PHP 58.899502
PKR 282.620849
PLN 3.662633
PYG 7080.900498
QAR 3.643153
RON 4.396901
RSD 101.335978
RUB 81.25706
RWF 1452.835571
SAR 3.750735
SBD 8.230592
SCR 13.905214
SDG 600.499154
SEK 9.512635
SGD 1.30282
SHP 0.750259
SLE 23.223342
SLL 20969.499529
SOS 570.223396
SRD 38.598999
STD 20697.981008
STN 21.17701
SVC 8.745711
SYP 11056.839565
SZL 17.173258
THB 32.342503
TJS 9.26079
TMT 3.51
TND 2.950779
TOP 2.342104
TRY 42.232703
TTD 6.780101
TWD 30.991298
TZS 2455.707023
UAH 42.029631
UGX 3508.468643
UYU 39.769731
UZS 12009.577236
VES 228.193956
VND 26300
VUV 122.518583
WST 2.820889
XAF 566.988067
XAG 0.019978
XAU 0.000244
XCD 2.70255
XCG 1.801429
XDR 0.704795
XOF 566.990518
XPF 103.084496
YER 238.498074
ZAR 17.16243
ZMK 9001.196424
ZMW 22.614453
ZWL 321.999592
Por que os países aceitam receber os deportados dos EUA?
Por que os países aceitam receber os deportados dos EUA? / foto: © AFP

Por que os países aceitam receber os deportados dos EUA?

Mais ajuda humanitária ou financeira, menos sanções? Após El Salvador, Panamá e Costa Rica, quatro países africanos - Uganda, Ruanda, Eswatini e Sudão do Sul - aceitaram receber imigrantes expulsos dos Estados Unidos, como parte da campanha de Donald Trump contra a migração irregular.

Tamanho do texto:

Embora os líderes desses países sejam discretos sobre os motivos da recepção, seus detratores denunciam acordos com Washington.

O governo ruandês anunciou nesta quinta-feira (28) a chegada, em meados de agosto, de "um primeiro grupo de sete imigrantes" ao seu território, que recebeu "o apoio adequado e a proteção" das autoridades.

Trata-se da última chegada conhecida ao continente africano desses "criminosos", como os denomina Trump, que fez das deportações uma de suas principais políticas.

O primeiro país a aceitar esses deportados foi El Salvador de Nayib Bukele, o autoproclamado "ditador mais legal do mundo".

Durante quatro meses, 252 venezuelanos acusados de pertencerem supostamente à gangue Tren de Aragua permaneceram encarcerados no país centro-americano, embora apenas 20 deles tivessem antecedentes criminais nos Estados Unidos, segundo Caracas.

Vários contaram à AFP o inferno que viveram nas prisões de El Salvador.

No entanto, essa política tem reforçado as relações entre os dois países e levou o governo dos EUA a ignorar as diversas denúncias de violações dos direitos humanos cometidas no contexto da "guerra" contra as gangues de Bukele.

"Ele se sente de alguma forma protegido por sua associação" com Trump, afirmou Noah Bullock, diretor da ONG Cristosal, ao lembrar que a Constituição salvadorenha foi recentemente modificada para permitir que Bukele concorra à reeleição indefinidamente.

- "Vergonhoso" -

Sem querer, um salvadorenho tornou-se o símbolo da política repressiva dos EUA: Kilmar Abrego García.

Expulso em março por "um erro administrativo" para El Salvador e posteriormente devolvido aos Estados Unidos, foi detido novamente na segunda-feira e colocado sob custódia antes de uma nova expulsão, desta vez para Uganda, que foi suspensa pela Justiça.

O Departamento de Estado informou que seu chefe, Marco Rubio, falou na semana passada por telefone sobre este assunto com o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, o último país a anunciar um acordo com Washington.

No entanto, os detalhes permanecem confusos.

Uganda abriga uma das maiores populações de refugiados do mundo - 1,7 milhão de pessoas - e recebe uma importante ajuda internacional para mantê-los. Também depende da ajuda dos EUA, especialmente para seus programas de combate à aids.

Na quinta-feira passada, Kampala explicou que "preferia" que os deportados que chegam ao seu território fossem "pessoas originárias de países africanos", mas não é o caso de García.

"Por que Uganda está envolvida nessas coisas vergonhosas?", perguntou no X o ex-chefe de inteligência ugandês David Sejuda.

Esse ex-colaborador do líder ugandês, que agora o critica após permanecer mais de quatro décadas no poder, denunciou o desaparecimento da "moral" no país.

O líder da oposição ugandesa, Robert Kyagulanyi, disse à AFP que o governo estava "desesperado" por obter o apoio de Washington e afirmou que o acordo provavelmente envolve "receber pessoas com antecedentes criminais em troca de ajuda, apoio político e cooperação econômica".

Ruanda, cujo presidente governa desde 1994, anunciou em agosto que receberia até 250 pessoas expulsas pelos Estados Unidos em nome de seus "valores sociais".

Embora os detalhes do acordo não tenham sido divulgados, outro semelhante assinado em 2022 com o Reino Unido prometia ao país centenas de milhões de libras em ajuda para o desenvolvimento, mas o pacto acabou sendo descartado após a posse de um novo governo trabalhista.

- "Democracias fracas" -

O Sudão do Sul também recebeu oito imigrantes procedentes dos Estados Unidos, mas o governo ainda não se pronunciou a respeito.

Esse país, o mais jovem do planeta desde sua independência do Sudão em 2011, é instável e um dos mais pobres do mundo. Além disso, acabou de sair de uma cruel guerra civil, que deixou 400.000 mortos entre 2013 e 2018.

Em abril, recusou inicialmente receber um congolês deportado dos Estados Unidos e, em represália, Washington anunciou a revogação de todos os vistos concedidos aos sul-sudaneses.

"A maioria dos líderes sul-sudaneses foi alvo de sanções e, para aliviar isso, precisam se curvar", explicou Akol Madwok, professor da Universidade de Juba.

Cinco deportados classificados como "bárbaros" pela administração Trump também estão presos em Eswatini, a última monarquia absoluta da África, onde as violações de direitos humanos são diversas.

"Não se sabe" o que foi obtido em troca, disse Melusi Simelane, membro de uma ONG que apresentou um recurso judicial contra essa decisão.

Para ele, "é importante destacar que a administração Trump se concentra em democracias fracas, onde sabe que não será questionada".

U.Chen--ThChM