The China Mail - Os 30 anos do genocídio contra tutsis em Ruanda

USD -
AED 3.673025
AFN 69.49161
ALL 84.204905
AMD 384.02998
ANG 1.789699
AOA 917.000315
ARS 1339.238498
AUD 1.541185
AWG 1.8025
AZN 1.763599
BAM 1.694735
BBD 2.019765
BDT 121.944985
BGN 1.689295
BHD 0.37698
BIF 2948.5
BMD 1
BND 1.289107
BOB 6.912269
BRL 5.502975
BSD 1.000308
BTN 87.75145
BWP 13.585141
BYN 3.287192
BYR 19600
BZD 2.009393
CAD 1.37705
CDF 2889.9999
CHF 0.80672
CLF 0.024629
CLP 966.169922
CNY 7.1841
CNH 7.193565
COP 4090.5
CRC 505.435183
CUC 1
CUP 26.5
CVE 95.624959
CZK 21.234199
DJF 177.720114
DKK 6.44258
DOP 60.825032
DZD 130.3459
EGP 48.420105
ERN 15
ETB 138.650224
EUR 0.86337
FJD 2.26045
FKP 0.752485
GBP 0.751501
GEL 2.705228
GGP 0.752485
GHS 10.549812
GIP 0.752485
GMD 72.445873
GNF 8675.000167
GTQ 7.674744
GYD 209.292653
HKD 7.849955
HNL 26.349894
HRK 6.505797
HTG 131.268711
HUF 343.626499
IDR 16360.4
ILS 3.446685
IMP 0.752485
INR 87.705974
IQD 1310
IRR 42124.999608
ISK 123.319845
JEP 0.752485
JMD 160.063082
JOD 0.709001
JPY 147.382502
KES 129.500947
KGS 87.449853
KHR 4010.000041
KMF 425.500839
KPW 900.023324
KRW 1389.440134
KWD 0.30565
KYD 0.833601
KZT 537.911971
LAK 21599.999839
LBP 89550.000009
LKR 300.828824
LRD 201.00009
LSL 17.916238
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 5.434986
MAD 9.08875
MDL 17.030753
MGA 4435.000182
MKD 53.156333
MMK 2098.973477
MNT 3592.605619
MOP 8.088525
MRU 39.901832
MUR 45.630274
MVR 15.397068
MWK 1736.503563
MXN 18.721397
MYR 4.227499
MZN 63.95966
NAD 17.89956
NGN 1528.250481
NIO 36.750129
NOK 10.246735
NPR 140.403537
NZD 1.689205
OMR 0.384506
PAB 1.000321
PEN 3.555034
PGK 4.135502
PHP 57.498499
PKR 282.549976
PLN 3.696587
PYG 7492.775412
QAR 3.640499
RON 4.382901
RSD 101.170981
RUB 80.000345
RWF 1441.5
SAR 3.75217
SBD 8.244163
SCR 14.729442
SDG 600.509569
SEK 9.665502
SGD 1.287065
SHP 0.785843
SLE 23.101869
SLL 20969.503947
SOS 571.501579
SRD 36.969504
STD 20697.981008
STN 21.485
SVC 8.752692
SYP 13002.222445
SZL 17.89012
THB 32.360085
TJS 9.41336
TMT 3.51
TND 2.899009
TOP 2.342101
TRY 40.6889
TTD 6.787371
TWD 29.988499
TZS 2469.999853
UAH 41.705046
UGX 3580.449636
UYU 40.154413
UZS 12624.999577
VES 126.950815
VND 26245
VUV 119.406554
WST 2.772467
XAF 568.405501
XAG 0.0264
XAU 0.000296
XCD 2.70255
XCG 1.80286
XDR 0.704914
XOF 567.499511
XPF 103.424984
YER 240.35018
ZAR 17.858051
ZMK 9001.198078
ZMW 23.033097
ZWL 321.999592
Os 30 anos do genocídio contra tutsis em Ruanda
Os 30 anos do genocídio contra tutsis em Ruanda / foto: © AFP

Os 30 anos do genocídio contra tutsis em Ruanda

A comunidade internacional "nos abandonou" durante o genocídio perpetrado por extremistas hutus contra os tutsi, declarou o presidente de Ruanda neste domingo (7), em virtude dos 30 anos do massacre que deixou 800 mil mortos em 100 dias, um dos piores do século XX.

Tamanho do texto:

Como todos os anos, no dia 7 de abril, no qual as milícias hutus iniciaram os massacres, uma chama foi acesa no Memorial Gisozi, na capital Kigali, onde se acredita que cerca de 250 mil pessoas estejam enterradas.

O presidente Paul Kagame, fundador da Frente Patriótica Ruandesa (RPF), grupo rebelde que assumiu o poder e pôs fim ao genocídio em julho de 1994 e que governa o país desde então, liderou a cerimônia.

"Foi a comunidade internacional que nos abandonou, por desdém ou covardia", declarou o presidente, em um discurso perante milhares de pessoas na BK Arena, um salão ultramoderno da capital.

A comemoração terá participarão de líderes e dignitários estrangeiros, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, então chefe de governo em 1994 e que descreveu a falta de ação face a estes massacres como o maior fracasso de sua gestão.

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, declarou por sua vez que "ninguém, nem mesmo a UA, pode deixar de pedir desculpa pela sua inação face à crônica de um genocídio anunciado. Que tenhamos coragem para reconhecê-lo e assumir a nossa responsabilidade".

A França enviou, por sua vez, o Ministro das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, e o Secretário de Estado do Mar, Hervé Berville, nascido no Ruanda e que saiu do país nos primeiros dias do genocídio.

Durante sete dias, não será permitido reproduzir música em locais públicos ou no rádio. Também não será autorizada a transmissão televisiva de eventos esportivos e filmes, a menos que estejam associados ao ocorrido.

Os massacres começaram um dia após o ataque que matou o presidente Juvénal Habyarimana, de etnia hutu, depois de meses de uma virulenta campanha de propaganda contra os tutsis.

Por três meses, o Exército, as milícias Interahamwe, mas também cidadãos comuns massacraram — com armas, facões ou porretes — os tutsis, a quem chamavam com o adjetivo "inyenzi" ("baratas" em Kinyarwanda), e os opositores hutus.

- Inação internacional -

O massacre teve fim quando os rebeldes tutsis da RPF tomaram Kigali em 4 de julho, causando a fuga de centenas de milhares de hutus para o Zaire (atual República Democrática do Congo).

Trinta anos depois, Ruanda, uma ex-colônia belga e alemã, continua desenterrando valas comuns.

A comunidade internacional foi duramente criticada pela sua inação antes e durante o genocídio.

A França, que mantinha relações estreitas com o regime hutu quando o genocídio começou, foi por muito tempo acusada de "cumplicidade" pelo governo ruandês.

Em um vídeo divulgado neste domingo, o presidente francês, Emmanuel Macron, ressaltou que "a França assume tudo e exatamente nos termos em que eu o fiz" em 2021.

Depois de décadas de tensões, que levaram ao rompimento das relações diplomáticas entre os dois países entre 2006 e 2009, houve uma reaproximação após Macron ter criado uma comissão que concluiu em 2021 que a França tinha uma "grande responsabilidade", mas descartou que houvesse cumplicidade.

Há 30 anos, Ruanda realiza um trabalho de reconciliação, sobretudo com a criação de tribunais comunitários em 2002, os "gacaca", no qual as vítimas podem ouvir as "confissões" de seus algozes.

A Justiça também desempenhou um papel importante, mas segundo o governo ruandês, centenas de pessoas suspeitas de terem participado no genocídio continuam em liberdade, especialmente em países vizinhos como a República Democrática do Congo e o Uganda.

Ao todo, 28 fugitivos foram extraditados do exterior, incluindo seis pessoas dos Estados Unidos. A França, que é o principal país para onde se fugiram os ruandeses fugitivos, não extraditou ninguém, mas condenou 12 pessoas por seu papel no massacre.

Organizações de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW), fazem um apelo ao rápido julgamentos dos responsáveis pelo genocídio.

I.Taylor--ThChM--ThChM